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“Esse material nunca ficou com a gente, nem foi produzido a pedido do PT”, André Vargas, deputado federal (PT-PR) e secretário de Comunicação petista | Antônio More / Gazeta do Povo
“Esse material nunca ficou com a gente, nem foi produzido a pedido do PT”, André Vargas, deputado federal (PT-PR) e secretário de Comunicação petista| Foto: Antônio More / Gazeta do Povo

Mensagens

Confira os textos publicados por Vargas via Twitter no dia 7 de setembro:

"O AÉCIO NEVES contrata o Amaury através do Diário de Minas para detonar o SERRA e contar a verdadeira história das Privatizações do FHC." (sic)

Vargas cita Amaury Ribeiro Júnior.

"Amaury, contratado pelo Diario de Minas/Aécio levanta documentos que mostram a Filha do SERRA e seu esposo com contas suspeitas no exterior." (sic)

Vargas cita espionagem de Alexandre Bourgeois, genro de Serra.

"Qdo. o SERRA estava em disputa contra o Aécio levantou informações íntimas do Governador de Minas. Qdo. Aécio se entregou pro SERRA abortaram." (sic)

Segundo Vargas, as informações seriam usadas por Aécio contra Serra na disputa interna do PSDB pela candidatura à Presidência.

Jornalista presta depoimento à PF

O jornalista Amaury Ribeiro Jr., que foi contratado da equipe de pré-campanha de Dilma Rousseff (PT), prestou depoimento ontem à Polícia Federal.

Leia a matéria completa

Brasília - O deputado federal André Vargas (PT) teria confirmado com três dias de antecedência a notícia de que o sigilo fiscal do genro do candidato a presidente José Serra (PSDB) foi violado. Em mensagens publicadas no microblog Twitter, no dia 7 de setembro, o petista acusou o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) de ter encomendado um dossiê contra Serra, no qual seriam investigados sua filha, Verônica, e o marido dela, Alexandre Bourgeois. A informação de que Bourgeois também teve o sigilo violado só foi divulgada oficialmente no dia 10, pelo advogado da família, Sérgio Rosenthal.

A cúpula do PT nunca confirmou qualquer ligação ou acesso a supostos dossiês para prejudicar Serra. As mensagens de Vargas (leia o conteúdo no quadro nesta página), no entanto, poderiam comprovar que membros do partido teriam conhecimento das informações. Secretário de comunicação da legenda, o paranaense disse que apenas citou dados que seriam de domínio público.

"É só usar o Google [sistema de busca] e ver que está tudo na internet." O parlamentar reforçou que não há ligação entre o suposto dossiê feito a pedido de Aécio com as quebras de sigilo. "Essa história de violação também é pública desde que o SBT fez uma matéria sobre o assunto no ano passado."

Em outubro de 2009, a emissora exibiu uma reportagem especial que denunciava a venda de senhas na internet que davam acesso a dados fiscais e bancários de políticos e pessoas públicas. Entre os citados, estavam o presidente Lula, Serra e a família de ambos. A matéria, porém, não fala sobre Bourgeois.

O próprio Serra voltou a declarar ontem, durante sabatina na Ordem dos Advogados do Brasil, que as informações haviam sido publicadas anteriormente por blogs vinculados ao PT. "Esses blogs mantidos pelo governo ou pelo PT apresentavam já dados de Imposto de Renda de algumas das pessoas que depois se descobriu que tinham tido seus sigilos violados. Se essas pessoas fazem isso hoje em uma campanha, imaginem o que fariam detendo o poder federal em mãos?", afirmou.

Segundo Vargas, o dossiê é um problema interno do PSDB. Ele escreveu no Twitter que tudo começou com a contratação do jornalista Amaury Ribeiro Júnior para trabalhar em um jornal mineiro para fazer uma série de reportagens sobre supostas irregularidades nas privatizações conduzidas no governo Fernando Henrique Cardoso e que teriam beneficiado aliados de Serra. O material seria usado na disputa entre Aécio e Serra para decidir quem seria o candidato tucano em 2010.

Com a escolha de Serra, nenhuma das matérias foi publicada. Ribeiro Júnior saiu do jornal e teria então se aproximado do jornalista Luiz Lanzetta, dono da Lanza, empresa contratada para cuidar da área de comunicação da campanha de Dilma Roussseff (PT). Todas as pesquisas feitas para as reportagens seriam usadas para formular o suposto dossiê, que chegaria ao PT por intermédio de Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.

"Esse material nunca ficou com a gente, nem foi produzido a pedido do PT", diz Vargas. O partido, no entanto, já solicitou que as informações levantadas por Ribeiro Júnior sejam incorporadas às investigações da Polícia Federal sobre o caso. O material também baseia um livro sobre os bastidores das privatizações que deve ser lançado em 2011.

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