Brasília - O PT ingressou ontem com um pedido de abertura de inquérito policial no Ministério Público para apurar a prática de crime eleitoral e identificar os autores de vídeos divulgados na internet que atacam a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, e o partido. O material foi encomendado pelo PSDB. A coligação de Dilma também protocolou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que seja determinada imediatamente a retirada dos vídeos do site YouTube.
Os vídeos começaram a circular anteontem na internet, e associam a candidata do PT à intolerância e ao extremismo dos chamados "radicais do PT".
Em um dos vídeos, uma imagem de Dilma vai se transformando na do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu. Outra peça exibe uma sósia da candidata com roupa vermelha e respondendo a várias perguntas sobre suas qualificações. A resposta aos questionamentos é sempre a mesma: "Sou amiga do presidente". Há ainda um vídeo que compara os chamados "radicais do PT" a cachorros, no qual se afirma que Dilma não seria capaz de controlá-los.
O responsável pelos vídeos, de 30 segundos cada, é o publicitário Adriano Gehres, que em 2006 trabalhou na campanha vitoriosa de Lula à Presidência contra o tucano Geraldo Alckmin. Gehres foi um dos autores dos comerciais que associaram Alckmin às privatizações.
