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Sinop (MT) e São Paulo - O candidato tucano à Presidência, José Serra, subiu o tom ontem nas críticas ao PT. Afirmou, em visita à cidade de Sinop, em Mato Grosso, temer que um eventual governo da petista Dilma Rousseff vá "perseguir" as religiões. A declaração foi dada após ele ser questionado sobre as críticas que o PT vem fazendo à imprensa. Para Serra, após tentar cercear a liberdade de imprensa, o PT poderia passar a perseguir determinados cultos religiosos.

"O que vem incomodando essa gente [os petistas] é que a imprensa vem apresentando notícias que mostram abusos, nepotismo e maracutaia com o dinheiro público", disse Serra. "Essa imprensa incomoda os donos do poder. E é só isso. Não é nenhuma objeção doutrinária que eles têm. É uma posição de conveniência. Não há país democrático no mundo sem imprensa livre. Aqueles que perseguem hoje a imprensa vão mais tarde perseguir credos religiosos. E essa perseguição não tem fim."

O temor de Serra sobre uma possível perseguição religiosa pelo PT, porém, não encontra eco nos fatos. O partido, até hoje, nunca aprovou em congressos nacionais da sigla nenhuma diretriz parecida com perseguição religiosa. A legenda inclusive conta com o apoio de setores expressivos da Igreja Católica e de várias confissões evangélicas.

As principais críticas de religiosos ao partido referem-se sobretudo à orientação pró-aborto da maioria dos petistas (veja quadro). O governo de Lula também foi criticado por ter sugerido incluir no Plano Nacional de Recursos Humanos a proibição do uso de símbolos religiosos em espaços públicos da União. A polêmica foi tanta que Lula voltou atrás nessa proposta.

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