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Confira o resultado da pesquisa Ibope| Foto:

Namorada de filho de Erenice tem cargo em ministério

Brasília - A namorada de um dos filhos da ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra teria obtido um cargo comissionado no Ministério de Pesca e Aquicultura, pasta que até o ano passado era vinculada à Presidência da República. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Priscila Loreta Vaz Silva é namorada de Saulo Guerra, sócio da Capital Consultoria, empresa de lobby que teria negociado a renovação da licença da empresa Master Top Airlines (MTA) junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A servidora foi nomeada em novembro do ano passado. A assessoria do ministério não confirmou se Priscila é namorada do filho de Erenice. O órgão informou que o nome de Priscila foi escolhido segundo análise de currículo. Priscila não foi encontrada para comentar o caso. Pela função, ela recebe salário de R$ 3.003,34. A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União investigam suspeita de tráfico de influência.

O juiz Luiz Otávio Duarte Camacho, da 4º Vara Civil de Pinheiros, em São Paulo, arquivou ontem a ação em que Erenice pedia direito de resposta à revista Veja, por acreditar que a revista feriu sua honra em reportagem publicada no início do mês. O juiz ainda frisou que a ex-ministra deve pagar as custas do processo. Em sua sentença, Camacho não analisa o mérito da causa, pois "a autora (Erenice) lida com conjeturas e suposições ao dizer que a reportagem é mentirosa".

Das agências

São Paulo - Pesquisa Ibope divulgada ontem à noite mostra que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, lidera com 50% das intenções de voto, enquanto José Serra (PSDB) está com 28% e Marina Silva (PV), com 12%. Apesar da liderança folgada, a diferença entre a ex-ministra da Casa Civil e os demais concorrentes diminuiu – num possível indicativo de que os escândalos no governo federal "contaminaram" a candidatura da petista e estão motivando o crescimento dos demais concorrentes.

No levantamento anterior, feito entre os dias 14 e 16 de setembro, a petista estava com 51% das intenções, o tucano com 25% e a candidata verde com 11%. Ou seja, houve uma redução da distância entre Dilma e os dois principais concorrentes em cinco pontos porcentuais – mas mesmo assim a petista venceria a disputa no primeiro turno.

De acordo com o Ibope divulgado ontem, feito do dia 21 a 23 deste mês, Dilma teria 55% dos votos válidos, contra 31% de Serra e 13% de Marina. Para algum candidato se eleger, precisa ter 50% mais um dos votos válidos. Na semana anterior, Dilma tinha 58% dos votos válidos.

Os outros candidatos a presidente – José Maria Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSol) e Rui Costa Pimenta (PCO) – não pontuaram.

O Ibope ainda simulou um eventual eventual segundo turno entre Dilma e Serra: a petista alcançaria 54% dos votos contra 32% de Serra. Nesse cenário, 7% se declararam indecisos e 7% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo.

Efeitos do escândalo

A pesquisa divulgada ontem é a primeira a captar integralmente a repercussão da demissão de Erenice Guerra, ex-braço direito de Dilma, do cargo de ministra-chefe da Casa Civil, após denúncias de tráfico de influência envolvendo parentes dela.

Segundo o Ibope, 46% dos eleitores tomaram conhecimento da queda da ministra. Pouco mais de um terço do total de entrevistados disse saber o motivo da demissão – a acusação de que parentes delas se utilizavam da influência de Erenice para intermediar negócios de empresários com o governo federal, em troca de vantagens. Para 22% do total, a acusação é verdadeira, e, para 21%, tem um fundo de verdade, mas foi exagerada. Outros 6% consideraram a denúncia falsa; e 52% não souberam responder.

Entre os eleitores com escolaridade superior – em tese, os mais bem informados –, Serra subiu de 30% para 33%. Mas Dilma não caiu: permaneceu com 37%, índice que apresenta desde o início de agosto.

No segmento com até quatro anos de estudo, a petista oscilou de 56% para 55%, enquanto Serra subiu de 22% para 29%. Nessa faixa, o número de indecisos caiu praticamente pela metade – de 11% para 6%.

A pesquisa foi realizada ao mesmo tempo em que a oposição ao governo Lula, notadamente a campanha do presidenciável tucano José Serra – intensificou as críticas ao PT, atribuindo ao partido um autoritarismo e um radicalismo e tentando associar essa imagem à da candidata Dilma.

Geografia do voto

O crescimento de Serra se concentrou em duas regiões. No Sudeste, ele subiu de 24% para 30%. No Nordeste, foi de 16% para 20%. Nas mesmas regiões, Dilma passou de 48% para 45% e de 66% para 64%.

Na divisão do eleitorado por renda, o tucano melhorou sua performance em todas as faixas. Seu melhor índice ocorre entre quem ganha mais de cinco salários mínimos: chega a 34% (eram 29% na última pesquisa) e fica a apenas cinco pontos da candidata petista, que tem 39%.

A uma semana da eleição, a pesquisa mostra ainda que 72% acham que Dilma será a sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – mesmo índice da semana passada. Os que acreditam em uma vitória de Serra eram 14% e passaram para 15%.

Os índices de rejeição apenas oscilaram: 21% para Dilma e 27% para Serra. Pouco menos da metade dos entrevistados (48%) se declararam dispostos a votar no candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apenas 9% preferem eleger um representante da oposição, e 38% afirmam que não levarão em conta a posição de Lula na hora de votar.

A parcela do eleitorado que sabe que Dilma é a candidata de Lula é de 92%, Cerca de 1% (mais de 1 milhão de brasileiros) acha que o representante do PSDB é o preferido pelo presidente, e o restante não sabe ou preferiu não responder.

Avaliação de Lula

O Ibope também avaliou o grau de satisfação do eleitorado com o governo do presidente Lula. Para 80%, a gestão é ótima ou boa. Apenas 4% da população considera o governo ruim ou péssimo.

Entre os que têm avaliação positiva do governo, 60% se mostram inclinados a votar em Dilma, e apenas 23% no principal candidato da oposição.

Metodologia

A pesquisa Ibope ouviu 3.010 leitores em 202 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 31.689/2010.

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