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Eleições 2014

Aécio diz que vai rever Mais Médicos e que não “se submeterᔠa Cuba

Em sabatina, candidato tucano à Presidência afirma que poderá fazer mudanças na Previdência para reduzir pensões por morte

Aécio diz que não há espaço para privatizações, mas cogita rever o atual modelo de exploração de petróleo no país | George Gianni/PSDB
Aécio diz que não há espaço para privatizações, mas cogita rever o atual modelo de exploração de petróleo no país (Foto: George Gianni/PSDB)

Candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves afirmou ontem que, se eleito, fará uma revisão no programa Mais Médicos e que não se submeterá a regras impostas por Cuba para a contratação de profissionais estrangeiros. "Temos que rever esse acordo. Por que nós é que temos que concordar com o governo cubano?", afirmou Aécio, durante sabatina organizada pelo jornal Folha de S.Paulo na capital paulista.

Questionado se essa revisão poderia inviabilizar a contratação de médicos cubanos, que são a grande maioria dos profissionais estrangeiros trabalhando hoje na rede pública de saúde, Aécio atacou a posição do atual governo. "O governo brasileiro financia o governo cubano com parte da remuneração dos médicos. Vamos estabelecer novas partes de negociação. Não vamos aceitar as regras impostas por Cuba", disse.

O candidato do PSDB também sinalizou mudanças na previdência social, ao fazer o diagnóstico de que há exageros no pagamento de pensões por morte no ­país. "O que não se pode fazer é cortar direitos adquiridos. Mas novas regras para o futuro deverão ser discutidas à luz do dia. Pensões por morte, há um certo exagero nisso", afirmou.

Medidas amargas

O tucano disse que o governo do PT é o responsável pela adoção das chamadas "medidas amargas". Ele acusou o PT ao ser questionado sobre a afirmação que teria feito sobre a necessidade de se adotar tais medidas no ano que vem. "Não há medidas impopulares, isso está virando lenda, são medidas necessárias que terão de ser tomadas. As medidas impopulares estão sendo tomadas pelo atual governo", disse. "Não tenham dúvidas que vou tomar as medidas necessárias para colocar nosso país no caminho do crescimento."

Aécio prometeu, mais uma vez, caso eleito, manter o Bolsa Família. E chamou de terrorismo eleitoral os que dizem que o PSDB poderá acabar com ele, caso chegue novamente ao poder. "O que vou fazer é tirar esse programa da agenda eleitoral e aprimorá-lo", disse. "Os programas que estão dando certo, não terei problema em aprimorá-los e continuar."

Petrobras

O candidato do PSDB também voltou a afirmar que pretende "reestatizar" algumas empresas públicas brasileiras que, segundo ele, teriam sido usadas de forma espúria pelo governo petista, citando o caso da Petrobras. E não descartou que poderá rever, caso seja eleito, o atual modelo de partilha do setor, implantado na gestão petista. Indagado se ainda existe no país espaço para as privatizações, o tucano disse que "o que precisava ser privatizado, na minha avaliação, já foi privatizado".

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