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O governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT), durante a campanha eleitoral: nota do partido diz que a coligação "não pode ser responsabilizar pela conduta de fornecedores" | Paulo Liebert / Fotos Públicas
O governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT), durante a campanha eleitoral: nota do partido diz que a coligação "não pode ser responsabilizar pela conduta de fornecedores"| Foto: Paulo Liebert / Fotos Públicas

Um dos homens flagrados pela Polícia Federal na noite desta terça-feira, 7, portando dinheiro vivo é o ex-assessor do Ministério da Cidades Marcier Trombiere Moreira. Ele estava lotado na pasta até julho deste ano, quando se licenciou para colaborar na campanha de Fernando Pimentel, candidato do PT eleito para o governo de Minas Gerais.

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Segundo fontes, Marcier portava R$ 4 mil em dinheiro vivo ontem à noite quando vinha num bimotor turboélice de prefixo PR-PEG de Belo Horizonte para Brasília. O jato foi abordado pela Polícia Federal ainda na pista de pouso, quando também foram apreendidos mais R$ 112 mil com outras duas pessoas. Todos foram levados para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, mas foram liberados logo após. Um inquérito foi aberto para investigar o fato.

Integrantes da campanha do petista Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais confirmaram que Marcier Trombiere Moreira trabalhou na campanha eleitoral e atuou como "colaborador" na área de comunicação.

Repercussão

A coligação do novo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), divulgou nota nesta quarta-feira (8) dizendo que "não pode ser responsabilizar pela conduta de fornecedores".

Por meio de nota, a assessoria de Pimentel confirmou que dois dos três homens detidos colaboraram com a campanha dele em Minas. Marcier Trombiere "prestou serviço de comunicação" e a Gráfica Brasil Editora e Marketing, de Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, "prestou serviços gráficos".

Ambos foram detidos pela PF, que abriu inquérito para apurar a origem do dinheiro. Uma terceira pessoa também foi detida com dinheiro. Todos foram liberados à noite, após prestar depoimento.Pimentel, contudo, tenta se desvincular dos dois homens agora investigados pela polícia. "A campanha foi encerrada no último domingo, data limite para a permanência de qualquer prestador de serviços na campanha. Pela natureza do serviço prestado pela empresa, a relação com a gráfica já se encerrara", afirmou.

Os gastos com esses fornecedores ainda não foram repassados à Justiça Eleitoral. "As notas fiscais foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final da campanha", diz a nota.

Carregar dinheiro em moeda nacional dentro do país, independentemente do valor, não é crime, mas o portador precisa saber explicar e comprovar a origem dele.

A reportagem não localizou nem Bené nem Moreira para comentar o caso.Bené é ligado ao PT e, em 2010, ele esteve no centro do escândalo da descoberta de um bunker para produção de dossiês contra tucanos, montado pela pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

Moreira é ex-assessor do Ministério das Cidades, comandado pelo PP --legenda da base aliada de Dilma.

Leia a íntegra da nota, assinada pela coligação encabeçada por Fernando Pimentel:

Nota à imprensa

A propósito da detenção de um colaborador da campanha da coligação Minas pra Você ao governo de Minas Gerais é necessário esclarecer:

O senhor Marcier Trombiere prestou serviços de comunicação.

A Gráfica Brasil Editora e Marketing prestou serviços gráficos. As notas fiscais foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final da campanha.A Coligação Minas Pra Você não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores.

A campanha foi encerrada no último domingo, data limite para a permanência de qualquer prestador de serviços na campanha. Pela natureza do serviço prestado pela empresa, a relação com a gráfica já se encerrara.

Assessoria de imprensaColigação Minas pra Você

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