
Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra ampliação da vantagem da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, diante de sua principal adversária, Marina Silva (PSB). Dilma oscilou de 37% para 39% e Marina foi de 33% para 31%; dessa forma, as duas saíram da situação de empate técnico. O candidato do PSDB, Aécio Neves, manteve os 15% pontuados na semana passada.
INFOGRÁFICO: Dilma volta a subir e abre 8 pontos de Marina Silva
Pastor Everaldo (PSC) tem 1% dos votos, também o mesmo índice alcançado na última sondagem. Os outros candidatos, somados, têm 1%, ante 2% no levantamento anterior. Brancos e nulos são 8%, ante 7% na sondagem anterior, e indecisos somaram 5%.
Em um eventual segundo turno, Marina e Dilma aparecem tecnicamente empatadas com 42% dos votos para a presidente e 43% para a candidata do PSB. Na disputa entre Dilma e Aécio, a petista venceria com 48% dos votos contra 33% do tucano.
Apesar do leve crescimento, Dilma aparece na pesquisa com o maior índice de rejeição entre os três candidatos mais bem colocados: 42%. Aécio tem a rejeição de 35% dos eleitores, que não votariam no tucano em nenhuma hipótese, enquanto o índice de Marina é de 26%.
Marina Silva foi a única dos concorrentes a avaliar os números do Ibope. Ela afirmou que as "pesquisas representam um momento da campanha". Questionada se irá mudar sua estratégia, afirmou: "Nós vamos fazer o debate, não o embate. Vamos continuar dialogando com a sociedade", disse a jornalistas em entrevista coletiva após evento realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Rio. "Somos diferentes em relação ao projeto que hoje tem uma estratégia de agressão, de boatos. A sociedade brasileira tem maturidade. No decorrer do processo, haverá de firmar o seu posicionamento com base nas ideias que estamos apresentando", disse.
Para o cientista político da Tendências Consultoria Integrada, Rafael Cortez, Marina foi exposta ao debate de ideias e ao processo de desconstrução que o PT a submeteu e por isso estacionou nas intenção de votos. "O que esta pesquisa mostra é que o quadro eleitoral se tornou mais competitivo e passou a descartar a ideia de que a eleição de Marina estava dada como certa", disse.



