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A cada semana, a Gazeta do Povo está questionando todos os candidatos ao Palácio Iguaçu a respeito de suas propostas para enfrentar os grandes desafios do Paraná.

Faroeste paranaense: investimentos não freiam alta da violência no estado

Um desses desafios é a segurança pública. Em 12 anos, o Paraná foi o que mais ampliou os investimentos em Segurança entre os estados do Sul e do Sudeste, segundo dados do Tesouro Nacional. Mas os recursos extras não foram suficientes para frear a violência. No mesmo período, o número de homicídios quase dobrou -- um dos piores índices registrados nas duas regiões, conforme dados do Datasus. Com base nisso, foi feita a seguinte pergunta: O que o candidato acha que é necessário fazer para haver uma gestão mais eficiente na segurança pública do Paraná? Confira as respostas enviadas:

BETO RICHA - PSDB

Podemos falar do trabalho feito a partir de 2011, período em que foram contratados 10 mil policiais, viaturas modernas para todas as regiões (1.500 veículos adquiridos), concurso e contratação de delegados para todas as comarcas.

Nesse período também foram instaladas 14 Unidades Paraná Seguro na Capital e região metropolitana, Londrina e Cascavel. Foi criado o Batalhão de Fronteira, com mais de 200 policiais e duas companhias para combate ao contrabando e ao tráfico de drogas. A Divisão de Narcóticos foi modernizada, e a apreensão de drogas atingiu recordes, 31 toneladas incineradas no Paraná.

E, sim, houve resultados nesses quatro anos, quando o Paraná teve quedas no número de homicídios dolosos na comparação 2013/2010: capital: -29,3%; RMC: -27,1%; Cascavel: -25,7%; Foz do Iguaçu: -29,4%; Londrina: -32,3%; Ponta Grossa: -31%.

Outras propostas:

- Nomeação de novos servidores para a Polícia Científica aprovados em concurso que está em andamento e estudar a aplicação de novos concursos para as carreiras da Polícia Militar, Civil e Científica.

- Novos batalhões para a Polícia Militar, Delegacias Cidadãs para a Polícia Civil e novas seções da Polícia Científica para atender todas as Áreas Integradas de Segurança Pública.

- Avançar no fortalecimento das atividades entre as Secretarias de Segurança Pública e Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos para avançar na solução da questão da superpopulação carcerária, principalmente quanto a responsabilidade pela guarda e custódia de presos. Nos últimos quatro anos, sete mil presos já foram transferidos de delegacias para presídios.

- Ampliação dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) para demais municípios do Paraná.

- Ampliar o programa Unidades Paraná Seguro (UPSs).

- Capacitação em Polícia Comunitária e aquisição do Sistema Modular para atender os municípios do Paraná.

- Ampliar o programa de aquisição de novas viaturas para garantir melhores condições de trabalho para os policiais e mais segurança para a população.

- Operações Sistêmicas com ações planejadas para combater vários tipos de crime, principalmente o tráfico de drogas, com prisões e apreensão de drogas.

- Cobrar do governo federal ações mais firmes no combate ao tráfico de drogas, contrabando e crime organizado.

- Campanhas educativas e orientação para a não violência e programas de prevenção ao uso de substâncias entorpecentes para crianças e adolescentes.

GLEISI HOFFMANN - PT

É preciso investir com critério e os recursos precisam ser melhor geridos. Ao longo do atual governo, se tornou rotina no noticiário manchetes sobre a falta de combustível para viaturas e até sobre a falta de ração para os cães da Polícia Militar.

São exemplos clássicos de má gestão.

A segurança da população também passa pela prevenção e pelos investimentos em educação e inclusão social. Não dá para trabalhar somente na repressão.

Nosso projeto Ronda Cidadã vai ajudar e muito na prevenção. Módulos móveis da Polícia Militar, com equipamentos modernos de comunicação integrados aos centros de comando e controle regionais, fazendo o policiamento em áreas definidas de cada cidade, com o apoio de um sistema de videomonitoramento. Esse sistema trará mais agilidade no atendimento às ocorrências. É a efetivação do policiamento comunitário.

Vamos ainda apoiar a prática de atividades esportivas, culturais e de reforço escolar, desenvolvidas em parceria com prefeituras, associações comunitárias e ONGs, com foco nos jovens do ensino fundamental e médio, promovendo o preenchimento do contra turno escolar.

É preciso trabalhar com inteligência. Intensificar o uso de tecnologia de informação (geo processamento, analise de dados) a fim de identificar as ocorrências criminais, com o tipo, característica, período e local onde estas ocorrem.

Além disso é preciso integrar as forças policiais e melhorar as condições de trabalho dos profissionais da segurança e contratar mais policiais. Sem integração, não tem como fazer segurança.

Implantar centros de comandos integrados por regiões e municípios do estado na razão da população e territórios, que funcionarão 24 horas, em regime de colaboração entre as polícias, Militar, Civil, Guardas Municipais (onde houver) e forças de segurança nacional (PRF, PF e FAA).

No Senado, fui relatora do projeto que dá poder de polícia às Guardas Municipais, que podem ser usadas não só para cuidar do patrimônio como para cuidar da vida.

Não basta discurso é preciso atitude e vontade de trabalhar.

ROBERTO REQUIÃO - PMDB

Entre 2003 a 2010, minha administração aplicou mais de R$ 6 bilhões na Segurança Pública. Entre as prioridades tivemos a reestruturação das polícias, o combate ao tráfico de drogas e à corrupção policial, a repressão ao crime organizado, a modernização das técnicas de combate ao crime, o policiamento comunitário, o Corpo de Bombeiros, colocamos em operação 12 novas penitenciárias, entre vários outros investimentos. Nós estávamos avançando com uma filosofia correta, de investir em estrutura e também valorizar os profissionais. Hoje temos até falta de gasolina em viaturas. Falta gestão e planejamento. Vamos retomar o compromisso com as boas políticas para a segurança pública.

Temos experiência para aprimorar ainda mais o trabalho que realizamos e é reconhecido pela população paranaense.

Outras propostas:

- Retomada do programa "Polícia Comunitária", hoje o mais avançado conceito de segurança no mundo.

- Restabelecimento do "Projeto Povo", os módulos móveis da Polícia Militar, para cobrir os bairros de nossas cidades.

- Fortalecimento e expansão das "Patrulhas Escolares".

- Retomada do programa Bombeiros Comunitários, outra iniciativa pioneira em nosso país.

- Retomada das Patrulhas Rurais, para estender também à área rural a proteção à vida e à propriedade.

- Fortalecimento dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), inserindo-os de forma efetiva na definição e execução da política de segurança.

- Restaurar o princípio de dignidade salarial para as Polícias Militar e Civil.

- Revigorar os programas de combate ao tráfico de drogas, com a reativação das equipes especiais das Polícias Milita e Civil com dedicação exclusiva a essa tarefa. Como contrapartida, a adoção de medidas para garantir o tratamento dos dependentes químicos, com Centros de Reabilitação.

- Restabelecer os programas de treinamento e formação dos policiais.

- Cobrar do executivo federal a efetiva implementação do Sisfron – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira.

BERNARDO PILOTTO - PSol

É importante colocar que uma quantidade muito grande dos presos não está nas cadeias com uma condenação, numa penitenciária. Grande parte está em delegacias, são presos provisórios que aguardam sentença, muitas vezes ficando mais tempo aguardando a sentença do que o tempo que pegariam com uma condenação. Essas delegacias são sempre espaços muito precários e superlotados.

É por isso que mutirões da OAB sempre liberam um número grande de presos, uma vez que é sem controle essa política de encarceramento. Alimentação insuficiente, insalubridade, falta de atendimento médico, de espaço para dormir e de vestimentas adequadas para dias frios foram alguns dos problemas encontrados nas inspeções pelos juízes do mutirão. Os dados que constam em relatório da OAB, concluem que 80% do sistema penal do Paraná não oferece as condições necessárias de ressocialização dos presos e violam princípios de direitos humanos da Constituição Federal.

Para mudar isso, o primeiro passo é mudar o foco da segurança pública. A repressão e a punição são políticas falidas em termos de combate à violência, ressocialização e inclusão social dos presos e atingidos. É preciso garantir que presos provisórios não sejam encarcerados antes de julgamento, sem decisão judicial; proibir a superlotação, com liberação de presos caso não haja vagas; investir recursos em penitenciárias com tratamento humano e digno; incentivar a contratação de ex-presidiários em empresas; fortalecer e estruturar a defensoria pública; valorizar a profissão dos agentes penitenciários, com cursos obrigatórios de direitos humanos; acabar com a revista obrigatória nos presídios; garantir assistência social aos familiares de detentos; e trabalho digno na cadeia, com direito à salário mínimo para os detentos.

RODRIGO TOMAZINI - PSTU

TULIO BANDEIRA - PTC

OGIER BUCCHI - PRP

GEONISIO CESAR MARINHO - PRTB

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