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Propostas

Confira as propostas dos candidatos para trabalho e renda

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A cada semana, a Gazeta do Povo está questionando todos os candidatos ao Palácio Iguaçu a respeito de suas propostas para enfrentar os grandes desafios do Paraná.As políticas públicas para proporcionar oportunidades de emprego e renda são um grande desafio para o estado, que historicamente registra alto nível de desigualdade entre suas regiões. Algumas das microrregiões apresentam indicadores tão baixos quanto aos dos estados mais pobres do Brasil.

Esqueceram de nós. De novo

Com base nisso, os candidatos foram convidados a apresentar suas propostas para dinamizar as oportunidades de emprego e renda e para descentralizar o desenvolvimento do Paraná.

Confira as propostas:

BETO RICHA - PSDB

Ao assumir o Governo do Estado, em 2011, nossa primeira atitude foi restabelecer o diálogo e preparar uma agenda positiva com os setores produtivos, reconquistando a credibilidade do Paraná, que vinha afastando empresas e empreendedores. Foi um trabalho difícil, mas conseguimos e o Paraná está preparado para dar um grande salto de desenvolvimento socioeconômico. Já conseguimos crescer o dobro do que conseguiu crescer o País nesses 4 anos. Atraímos R$ 35 bilhões em investimentos e 370 mil novos empregos com carteira assinada. Nossa Região Metropolitana de Curitiba tem a menor taxa de desemprego do País (3,7%).

Preparamos o Estado para avançar, consolidar seu desenvolvimento e melhorar a renda e a vida das pessoas. O trabalho que fizemos nestes anos foi uniforme, visando o fortalecimento de todas as regiões.

Um exemplo é o projeto da empresa Klabin, em Ortigueira, que envolveu as Secretarias da Família, Trabalho, Saúde, Educação e outras. As áreas trabalharam juntas com a empresa para organizar e adaptar o investimento de forma que ele atenda aos interesses socioeconômicos da região.

A região central, deprimida economicamente, temos o projeto da exploração de gás convencional, que levará para as comunidades locais uma nova expectativa de desenvolvimento. No Vale do Ribeira, outra região deprimida, negociamos a instalação de quatro empresas cimenteiras que vão gerar cerca de 2 mil empregos diretos. Na mesma região, já está em sendo feito o projeto de elaboração da duplicação da PR – 092, até a divisa com o estado de São Paulo. Essa via será um importante indutor de desenvolvimento para a região do Vale da Ribeira.

O programa Paraná Competitivo será aperfeiçoado e ampliado, com o foco em atrair novas empresas para as regiões mais deprimidas do Estado.

Também regulamentamos a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa Estadual, que assegura tratamento diferenciado ao setor no Paraná. A legislação simplifica a abertura e a legalização dessas empresas, além de incentivar a formação de cooperativas e dar vantagens em processos de compras estatais e à exportação. O próximo passo é criar a Sala e o Portal do Empreendedor paranaense e uma Central Virtual de Atendimento ao Licenciamento Estadual. O Governo e entidades parceiras vão estimular e incentivar o associativismo e a constituição de sociedades de propósito específico, em busca da competitividade e do desenvolvimento local ou regional.

Na área da Educação, tiramos da gaveta e estamos terminando a construção de 18 Centros Estaduais de Ensino Profissionalizante em diferentes regiões. Essas escolas técnicas abrirão 22 mil vagas para formar e preparar estudantes para o mundo do trabalho. Também ampliamos a parceria com o Sistema S para qualificação de estudantes e trabalhadores e atingimos 95% do Paraná. Dos 399 municípios, apenas 76 não têm nenhuma opção de cursos técnicos profissionalizantes gratuitos.

O Pro rural, um programa com financiamento do Banco Mundial, para os municípios mais pobres do Paraná, oferece apoio técnico para negócios inovadores da agricultura familiar. Dois programas ainda ajudam a melhorar a renda dos pequenos produtores, o Compra Direta e a Alimentação Escolar (Merenda). Juntos, eles injetam quase R$ 150 milhões por anos na agricultura familiar do Estado, e estimula o associativismo desses produtores.

Algumas propostas e metas para 2015/2018:

- Fomentar a criação de 500 mil empregos com carteira assinada.

- Mais 35 bilhões em investimentos no Estado.

- Apoiar o desenvolvimento de Planos Diretores Industriais nos municípios.

- Fortalecer e expandir os sistemas produtivos locais (clusters e aglomerações produtivas).

- Fomentar e apoiar a instalação de Galpões Industriais e Distritos Industriais.

- Ampliar o Programa Paraná Competitivo incluindo empresas já instaladas em operação.

- Implantar o Polo de Hardware do Paraná em Pato Branco, Curitiba e Foz do Iguaçu.

- Garantir crédito aos empreendedores individuais, à micro, pequenas e médias empresas;

-Manter o apoio às mulheres e jovens empreendedores com crédito acessível e de prazo alongado;

- Criar o Banco Solidário, com crédito acessível para famílias de baixa renda.

GLEISI HOFFMANN - PT

Vamos promover uma ação econômica, social e ambiental integrada para todas as regiões paranaenses, com estratégias, programas e políticas públicas segmentadas pelas prioridades, diferenciais e características vocacionais, tratando diferentemente os diferentes.

Para que possamos melhorar a oferta de emprego e renda temos que ter ações que proporcionem o desenvolvimento industrial, o acesso ao crédito, assistência técnica, qualificação e capacitação das pessoas.

Vamos assegurar os incentivos das pequenas e médias empresas, implantando uma simplificação tributária, retirando a fiscalização da Receita Estadual sobre elas e reduzindo alíquotas para novas empresas ou empresas já estabelecidas que criarem novos empregos.

Para as microempresas, retiraremos todos os impostos incidentes sobre as atividades desenvolvidas pelas mesmas. Além disso, vamos apoiar a capacitação de empreendedores, estabelecendo parcerias com as Instituições de Ensino Superior.

Vamos articular o acesso às linhas de crédito do governo federal (PROGER e PNMP) e ampliar os recursos estaduais que visem incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores, em especial mulheres e jovens.

O aumento da produtividade será estimulado por meio de políticas de inovação resultantes da aplicação de tecnologia no desenvolvimento de novos produtos e processos e modernização da gestão.

Teremos uma política de qualificação para o trabalho, articulando estruturas de apoio, capacitação e formação com os sindicatos patronais e de trabalhadores, movimentos sociais e entidades mistas e privadas.

Para os agricultores familiares, através da articulação da Emater, Iapar, Tecpar, Embrapa, Anater, cooperativas e instituições de ensino superior, vamos oferecer um serviço integrado e organizado de assistência técnica e extensão rural, acelerando a incorporação tecnológica e agregando valor à produção. Vamos ampliar os mecanismos de apoio à comercialização direta da produção através das Centrais Regionais de Comercialização.

Vamos ampliar o uso da internet na zona rural como instrumento de capacitação dos agricultores, intercâmbio e compartilhamento de técnicas. Vamos instituir o PRONATEC Campo, implementar políticas de formação profissional, apoiar as Casas Familiares Rurais e recuperar os Colégios Agrícolas.

ROBERTO REQUIÃO - PMDB

Formular políticas de geração de oportunidades, emprego e renda sempre foi uma preocupação e uma marca do nosso governo. Nos oito anos em que estivemos à frente da administração do estado do Paraná, criamos 800 mil empregos com carteira assinada, segundo informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais). O Paraná foi o campeão brasileiro na geração de empregos no setor industrial nos períodos de 2003 a 2010. Hoje está na quarta posição, perdendo para estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais, segundo informações compiladas dessas duas bases de dados até junho de 2014, os últimos dados disponíveis. De 2003 a 2010, a taxa média de crescimento do emprego no Paraná chegou próxima a 6%, acumulando uma expansão de quase 25% em cada um dos períodos de quatro anos de governo do PMDB. Nos últimos três anos e meio – de 2011 a junho de 2014, a taxa anual média de crescimento foi de 3,91%, o que significa uma expansão de apenas 14,37%, pouco mais da metade do obtido no nosso governo.

E esses números foram alcançados graças a uma política de desenvolvimento regional, de investimentos descentralizados visando gerar oportunidades em todas as regiões do Estado. Se eleitos, vamos dar prosseguimento à política de corte de impostos, desafogando continuamente setores da economia que, conjunturalmente, precisem de apoio. Iremos também reabilitar a política de incentivos para a instalação e ampliação de empreendimentos industriais, comerciais e de serviços, dentro do princípio de quanto menos desenvolvida a região – de acordo com os parâmetros de IDH – mais ela deverá ser contemplada com investimentos, benefícios fiscais e creditícios.

A geração de emprego e de oportunidades está ligada especialmente à política fiscal praticada pelo governo, bem como o incentivo à formação e qualificação profissional e a uma política salarial consistente. Ao defender o salário mínimo regional, implantado pela nossa gestão, entendemos que o salário é o motor da economia. Sem salário não há consumo. Nossa proposta passa pelo estabelecimento de uma política fiscal clara e segura, fixada por lei e que não dependente de intermediações ou de comissões de avaliação. Quem quiser investir precisa de regras objetivas, firmes, consolidadas.

Reafirmamos o compromisso da política fiscal implantada no período 2003 a 2010, de imposto zero para às microempresas e de drástica redução do imposto das pequenas empresas. E da retirada absoluta da fiscalização sobre os pequenos empreendimentos beneficiados pela política fiscal de isenção e redução de tributo.

A geração de empregos acontecerá ainda de forma participativa, por meio de uma nova política de incentivos para a instalação de empreendimentos de alta tecnologia, transformando o Paraná em um polo nacional de inovação com respeito ao meio ambiente. E criaremos um plano estadual de formação e qualificação de trabalhadores, de técnicos de nível médio e superior, de graduação, pós-graduação e doutoramento para que o Paraná possa oferecer mão-de-obra altamente especializada para o mercado de trabalho, como fator de atração de investimentos na área da tecnologia e inovação.

Faremos ainda, se eleitos, a reativação da política de integração com os países do Mercosul e da América Latina, pois a retomada das iniciativas de integração é fundamental para o fortalecimento da economia paranaense. Os avanços obtidos no período 2003/2010 testemunham a correção daquela política e apontam para a necessidade de sua retomada. Abertura também para os países dos Brics, dentro dos princípios de multipolaridade, diversificação e fuga das relações de dependência.

Durante nossa gestão, 252 Agências do Trabalhador do Paraná atendiam os usuários do Sistema Nacional de Empregos (Sine) com intermediação de mão-de-obra, cadastro para habilitação no benefício de seguro-desemprego e inscrições para cursos de qualificação profissional. Vamos retomar esse modelo. E quem não tem acesso à internet pode usar os Telecentros, que ficam dentro das Agências e são gratuitos para o público, ou os terminais de autoatendimento, máquinas semelhantes aos caixas eletrônicos dos bancos e que permitem alteração cadastral, pesquisa e reserva de vagas disponíveis.

Outras ações para a geração de emprego e renda, que deram certo na nossa gestão também serão retomadas e ampliadas:

APLs

Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são aglomerações de micro, pequenas e médias empresas, localizadas em determinado espaço geográfico, que atuam em uma atividade produtiva comum, juntamente com empresas correlatas e complementares. As empresas dos APLs compartilham uma identidade cultural local e possuem vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros agentes locais, tais como o governo, associações empresariais, instituições de crédito, de ensino e de pesquisa. Em 2005, algumas empresas paranaenses se uniram em arranjos produtivos. Em 2010, os seis APLs do Estado foram considerados exemplos de sucesso e firmaram o Paraná como um forte polo nacional de desenvolvimento de software e serviços de Tecnologia da Informação, reunindo cerca de 300 empresas, sendo a maioria de pequeno porte.

Apoio às Cooperativas de Crédito

Programa de apoio financeiro às Cooperativas de Crédito Singulares e Centrais de Cooperativas de Crédito localizadas no Paraná. São beneficiários das operações de crédito cooperativas de crédito singulares de empresários e empreendedores – exceto rurais – e suas centrais, além de micro e pequenas empresas cooperadas dos ramos industrial, comercial e de serviço.

Apoio às Incubadoras Tecnológicas

A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com o Sebrae, Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul (Seim) e Agência de Fomento desenvolve, desde 2007, o programa dá suporte às empresas nascentes ou constituídas, interessadas em desenvolver produtos ou serviços que contenham alguma inovação tecnológica.

Apoio Tecnológico à Exportação (Progex)

Por meio deste programa, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) oferece assistência tecnológica às micro e pequenas empresas que pretendem exportar, melhorar o seu desempenho nos mercados externos ou substituir importações.

Atração de Investimentos

Uma das principais atividades da Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul diz respeito à atração de investimentos e ao fortalecimento das empresas locais. A missão é cumprida com amparo no conjunto de decretos editados pelo Governo do Estado que estimula o investimento industrial, principalmente no interior e em regiões deprimidas. O trabalho complementa-se pela assistência prestada aos empreendedores, facilitando-lhes a coleta de informações e estabelecendo os contatos com órgãos e entidades locais envolvidas nos processos de tomada de decisão, licenciamentos, disponibilidade e fornecimento de utilidades e preparação da mão-de-obra.

Barracões Industriais

Programa estadual voltado principalmente para pequenas empresas. Com financiamento oferecido pelo Governo do Estado para as prefeituras, as empresas instaladas nos barracões podem ter custos menores e se tornam mais competitivas no mercado. Outras vantagens são o compartilhamento das despesas, como as contas de água e de energia, ou mesmo das compras conjuntas, o que pode garantir um preço melhor.

Bom Emprego Fiscal

Criado em 1991 e atualizado em 2003, o programa oferece dilação de prazo para o recolhimento de parte do ICMS que vier a ser gerado por implantação, reativação ou expansão de estabelecimento industrial. A parte do ICMS, cujo prazo pode ser dilatado, é tanto maior quanto menor for o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município em que se localizar a indústria. O prazo de pagamento de parte do ICMS é de 48 meses, e a duração do programa é, portanto, de 96 meses (oito anos), com as parcelas atualizadas pelo FCA, que é o indexador dos créditos e débitos da Secretaria de Estado da Fazenda, sem juros.

BRDE Financiamentos

Linhas de recursos de longo prazo para micro, pequenas, médias e grandes empresas, cooperativas e produtores rurais oferecidas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Poderão ser financiados investimentos de inovação, implantação, ampliação e modernização de ativos fixos nos setores de indústria, comércio, prestação de serviços e agropecuária, bem como capital de giro associado aos investimentos financiados. O BRDE é vinculado à Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul.

Comércio Exterior e Mercosul

Várias ações foram empreendidas para incrementar o fluxo comercial, cultural e turístico com diversas regiões da comunidade internacional, com ênfase para as do Mercosul. Entre estas, as missões empresariais/governamentais ao exterior e recebidas do exterior, sob coordenação da Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul (Seim), resultaram em avanços significativos nos volumes e valores das mercadorias comercializadas. Houve crescimento das exportações, abertura de novos mercados e criação de oportunidades para pequenos empresários ingressarem no mercado mundial. A Seim ainda mantém convênios com várias entidades internacionais, de cooperação e comércio, e participa de programas coordenados pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior – MDIC.

Corredor de Congelados do Paraná

O Corredor de Congelados do Paraná uniu Governos Federal e Estadual e iniciativa privada para aumentar as exportações de carnes pelos Portos do Paraná, oferecendo agilidade nos trâmites legais, logística e ampla capacidade de armazenagem. O fortalecimento na logística e a ampliação do perfil econômico do porto fizeram com que Paranaguá passasse de 4º maior exportador de carnes congeladas (frango, bovino e suíno), em 2003, para a liderança no ranking nacional em 2010.

Fintec

Programa de financiamento que busca auxiliar as empresas na consolidação de projetos inovadores vinculados às incubadoras tecnológicas filiadas à Rede Paranaense de Incubadoras e Parques Tecnológicos. O programa é operado pela Agência de Fomento do Paraná.

Microcrédito

Banco Social – Com juros de 0,95% ao mês, o programa, operado pela Agência de Fomento do Paraná oferecerá empréstimos de R$ 300 a R$ 10 mil e carência de no máximo três meses para empreendimentos nos setores de indústria, agropecuária, comércio e serviços. Quem desejar começar um negócio pode conseguir até R$ 2 mil para iniciar as atividades. Já as empresas com até seis meses de vida podem conseguir até R$ 5 mil para aumentar a produção e, as empresas já consolidadas, podem pedir até R$ 10 mil para crescer. A coordenação das ações é feita pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social. Participam também as Secretarias de Planejamento, de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, além da Emater e do Sebrae. Em 2010, O programa atingiu R$ 10 milhões em financiamentos a micro e pequenos empresários paranaenses.

Oficina Volante de Inclusão Sócio-Tecnológica para o Setor de Vestuário

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), disponibiliza apoio tecnológico a empreendedores domiciliares e micro e pequenas empresas que atuam na área de confecção têxtil.

Paraná Empreendedor

Oferece oportunidade para que micro e pequenos empreendedores possam crescer e se consolidar no mercado. Trata-se de uma política de desenvolvimento empresarial, onde são ofertados gratuitamente treinamentos que abordam tópicos como as características do empreendedor, barreiras a serem superadas, vantagens de ter o próprio negócio, qualidade de produtos e serviços, mensuração de valor e preços e cuidados com os clientes. Promovido pela Secretaria Especial de Relações com a Comunidade.

Paraná: Terra de Oportunidades

Publicação anual voltada a investidores, com tradução em diversos idiomas. É realizada pelo Ipardes com colaboração da Secretaria de Indústria e Comércio. Nela, há informações sobre população, distâncias da capital, PIB, agropecuária, indústria, serviços, comércio exterior, infra-estrutura, incentivos fiscais, meio ambiente, turismo e saúde.

Porto Fácil

Programa criado e gerido pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que tem como proposta principal criar alternativas para produtores e empresários exportarem pelo modal marítimo de forma simplificada, com menos burocracia, sem limite de peso e com baixo custo, uma vez que as tarifas para as exportações, via transporte marítimo, chegam a ser até 50% inferiores em relação aos outros modais.

Programa de Financiamento à Inovação

Linha de crédito operada pela Agência de Fomento do Paraná para financiar micro e pequenas empresas do Paraná que investem em inovação, ampliando sua capacidade competitiva.

Mutirão do Emprego

Em 2008, a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social criou, junto com as Agências do Trabalhador, os Mutirões do Emprego. Em dias específicos são realizados encontros entre trabalhadores e empregadores para entrevistas de admissão. O objetivo é preencher as vagas ociosas em alguns setores de atividade, ajudando empresários que buscam mão-de-obra com urgência e pessoas que procuram por emprego.

Plano Setorial de Qualificação Profissional

O Paraná é o único Estado do Brasil em que as aulas do Plano Setorial de Qualificação (PlanSeQ) da Construção Civil para os beneficiários do programa Bolsa Família acontecem na capital e no interior. Os paranaenses participam dos cursos de pintor, azulejista, encanador, carpinteiro, mestre de obras, desenhista, eletricista, operador de trator, gesseiro, auxiliar de escritório e almoxarife.

Residência Técnica

Programa do Governo do Paraná voltado para profissionais recém-formados nas áreas de engenharia civil e arquitetura, que ainda não tiveram a chance de exercer o primeiro emprego técnico em sua área de formação – um convênio entre a Universidade Federal do Paraná e a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop). Durante dois anos, 60 residentes técnicos, selecionados por meio de processo seletivo, participam do Curso de Especialização em Construção de Obras Públicas, oferecido pela UFPR em parceria com as universidades estaduais, e desenvolvem atividades práticas na sede e nos 14 escritórios regionais da Seop, em todo Paraná.

Teleconsulta Trabalhista

Criado em 1993, no primeiro mandato de Roberto Requião, o programa Teleconsulta Trabalhista foi ampliado em 2004 para atender empregados e empregadores do Paraná e de todo o Brasil. O serviço é gratuito e presta consultoria jurídica na área de direito trabalhista.

Vagas de emprego no celular

Os candidatos inscritos nas Agências do Trabalhador do Paraná podem receber ofertas de emprego por mensagens SMS via telefone celular. Desde 2008, todas as 252 unidades de atendimento no Estado oferecem o serviço. Para receber os avisos, que contêm a descrição da vaga disponível e o número de controle, basta solicitar ao atendente e autorizar o envio das mensagens.

BERNARDO PILOTTO - PSol

O estado do Paraná possui uma população de cerca de 10 milhões e meio de pessoas. Destas, 85,3% (em 2010) vivem em regiões urbanas. Destes 10,5 milhões, cerca de 3 milhões vivem na região de Curitiba.

A economia paranaense é a 5º economia do Brasil, sendo que seu PIB corresponde a 5,98% do PIB nacional (em 2013). A composição do valor adicionado da riqueza do estado (2011) corresponde em 64,05% ao setor de serviços, 27,28% ao setor industrial e apenas 8,68% à agropecuária.

As economias dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba estão entre as maiores do estado. Apenas Curitiba participa com 24,27% da economia do Estado. Em razão do dinamismo da indústria e dos serviços, Curitiba, São José dos Pinhais e Araucária são os municípios mais representativos no PIB do Paraná. No interior do Estado, Londrina e Maringá têm forte presença da agroindústria e dos serviços e, em Foz do Iguaçu, sobressaem as atividades ligadas ao turismo e à produção de energia elétrica. Já no litoral, Paranaguá se destaca pelas atividades ligadas ao porto.

O Paraná é o maior produtor de grãos do Brasil. A cana-de-açúcar, o milho, a soja, a mandioca e o trigo se sobressaem na estrutura produtiva da agricultura local, observando-se, em paralelo, forte avanço de outras atividades, como a produção de frutas. Já na pecuária, destaca-se a avicultura, com 27% do total de abates do País. Nos segmentos de bovinos e suínos, a participação do Estado atinge 4,1% e 19,7%, respectivamente.

O valor da transformação industrial do Paraná atingiu R$ 67,4 bilhões em 2011. Na estrutura industrial do Estado, predominam os segmentos de veículos automotores, alimentos e refino de petróleo, responsáveis por aproximadamente 58% do valor da transformação da indústria estadual.

O valor adicionado do setor de serviços do Paraná totalizou R$ 130.833.000,00 bilhões em 2011, com grande participação dos ramos de comércio, administração pública e atividades imobiliárias.

Em 2013, o Paraná respondeu por 7,5% dos US$ 242 bilhões das exportações nacionais, equivalente a US$ 18,15 bilhões (em 2013), enquanto isso o estado importou US$ 19,34 bilhões.

O que vemos, portanto, é um Estado desigual. Toda a produção de riqueza é concentrada em poucas cidades, notadamente na região de Curitiba. O Paraná é o maior produtor de grãos do Brasil, mas 85,3% da população vive em áreas urbanas. Essa contradição decorre do fato de que a produção agrária paranaense ocorre pelo agronegócio, de monoculturas, que visa exportação de grãos (principalmente cana-de-açúcar, milho e soja) que alimentam animais de outros países. Esse modelo de produção, além de ecologicamente insustentável, mostra-se socialmente nefasto. Não gera empregos, pelo contrário, cada vez mais impulsiona o êxodo rural, obrigando pequenos produtores rurais e camponeses a morar em cidades.

Com isso, os problemas urbanos crescem, essa população mora em áreas não regularizadas, com precários serviços públicos, que ficam ainda piores pelo inchaço populacional. Na questão do emprego, esse setor não qualificado fica com empregos também precarizados, muitas vezes informais e com parcos direitos.

Nesse sentido, a reforma agrária agroecológica e camponesa impulsionará o retorno da população para o campo, pois só assim serão criados empregos de modo difuso pelo Estado. Devemos investir na agricultura de multiculturas, em cooperativas e de modo agroecológico.

O setor industrial do Paraná se destaca pela produção de alimentos e álcool combustível. Essas produções estão intrinsecamente ligadas ao agronegócio. Usam insumos da monocultura e contribuem para a lógica concentradora de terras e de riquezas que é o agronegócio. O outro setor forte da indústria paranaense diz respeito ao setor automobilístico, o qual diz respeito a multinacionais que se instalam no Estado. O modelo de atração dessas empresas acaba sendo uma cilada para o Estado: empresas oportunistas, elas se valem de muitos incentivos para, na primeira oportunidade, mudar de local e abandonar todos os empregos criados - vide o caso da Chrysler em Campo Largo.

É preciso investir em um modelo industrial que não seja aliado do agronegócio, que crie tecnologia, que seja difuso em todo o estado (e não concentrado na capital e região). O Poder Público é essencial para essa transformação. Investir nas empresas públicas, que são as que produzem mais tecnologia (Copel, Sanepar, Celepar, etc.), incentivar a criação de cooperativas regionais, protegendo as atividades locais contra a invasão de produtos baratos e chineses (que têm acabado com a pequena indústria paranaense, como a indústria têxtil e de louça).

RODRIGO TOMAZINI - PSTU

TULIO BANDEIRA - PTC

Em primeiro lugar, é preciso atrair novos investimentos. As multinacionais são bem vindas no Estado, e as diretrizes para buscar as mesmas deve ser acelerado. Porém, não podemos nos tornarmos dependentes destas companhias, que geralmente se instalam na região metropolitana. As pequenas empresas, espalhadas pelo interior, merecem um outro tipo de tratamento. Hoje, o pequeno e médio empresário enfrenta dificuldades para conseguir e ampliar suas conquistas, a burocracia e a lentidão do Governo do estado só atrapalham, causam uma grande dor de cabeça e ameaçam quem não tem tantos recursos. Vamos mudar isso, com uma nova política de investimentos e um novo sistema de tributos. Emprego também significa dar mais atenção ao turismo, olhar com mais carinho e investir nas belezas de Foz do Iguaçu, investir no turismo rural, dar incentivo aos hotéis fazendas e Resorts, que refletem a beleza do nosso Estado. As cidades históricas precisam ser tratadas com mais respeito e investimentos., e não possamos esquecer do litoral paranaense, que por falta de compromisso do atual do Governo, muitas vezes é trocado pelo litoral catarinense. Emprego, também se dá na roça, no campo, então é preciso mudar essa concepção de que emprego se arruma nas grandes cidades. Vamos melhorar as estradas para o agricultor escoar a produção, ampliar os incentivos agrícolas e com isso gerar mais emprego em todos os setores.

OGIER BUCCHI - PRP

É preciso retomar, com urgência, a política de planejamento estadual que dois governos contemporâneos - Ney Braga na década de 60 e Jaime Lerner nos anos 90. Esses dois governos estabeleceram um rumo, Ney Braga com a integração através da rodovia do Café, que ligou o Estado de Norte a Sul e a criação de agências de fomento e Jaime Lerner que desenhou o Anel de Integração e estabeleceu a atração de grandes indústrias montadoras.

O Paraná de hoje, com o agronegócio e a indústria de transformação de produtos primários, demanda uma política que avance em três aspectos fundamentais: a geração de energia através da capacidade hídrica natural; o apoio à instalação de indústrias de transformação das matérias primas num sistema autossustentável e a construção de uma infraestrutura que permita o escoamento da nossa produção agrícola e industrial sem onerar o setor produtivo.

Através desse tripé, que em sua essência deverá incluir as regiões que ainda demandam um maior desenvolvimento da indústria, como o Norte Velho e o Sul do Paraná, serão gerados mais empregos e a renda do paranaense será aumentada significativamente. O entrave maior para a realização desse novo ciclo de investimentos é a reduzida capacidade que o Estado tem para investir, devido aos gastos exorbitantes com a manutenção da máquina administrativa.

Para furar esse bloqueio o governo Estadual tem três caminhos: enxugar a máquina, com a redução de secretarias e cargos em comissão e buscar investimentos internacionais para a realização das obras de infraestrutura e, por fim, continuar atraindo novas indústrias.

O planejamento de uma política industrial como base do crescimento econômico local deve ser estabelecido justamente para reduzir a disparidade de renda que existe no Paraná, onde temos regiões com grande capacidade de geração de renda e emprego - como o Norte, Noroeste e Oeste - graças ao agro negócio e o Extremo Sul, região de Cerro Azul, onde as dificuldades de atração de investimentos e indústrias são maiores. O governo Estadual existe para isso e precisa agir para reduzir essas diferenças.

GEONISIO CESAR MARINHO - PRTB

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