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Segurança Pública

Gleisi quer replicar modelo de segurança da Copa

Proposta é a mesma do governo federal. Candidata do PT disse que "nem sempre é adequado importar ideias de outros lugares", em referência às UPS de Beto Richa

Gleisi e Cardozo falaram sobre segurança pública a guardas municipais - que agora têm poder de polícia e podem portar arma | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Gleisi e Cardozo falaram sobre segurança pública a guardas municipais - que agora têm poder de polícia e podem portar arma (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

A candidata ao governo do Paraná Gleisi Hoffmann (PT) afirmou, em almoço com guardas municipais em Curitiba neste sábado (16), que quer instalar centros de monitoramento integrado – a exemplo dos que funcionaram durante a Copa do Mundo – em todo o estado. No mesmo evento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que este é o modelo que deve ser seguido pelo governo federal em um eventual segundo governo de Dilma Rousseff (PT).

Gleisi não disse se daria continuidade às Unidades Paraná Seguro (UPS), principal marca do governador Beto Richa (PSDB) na área da segurança pública do Paraná. Afirmou, porém, que "nem sempre é adequado importar ideias de outros lugares" - em referência ao modelo de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs, criado no Rio de Janeiro.

"Eu acho que no Paraná nós poderíamos trabalhar com o modelo de segurança implantado na Copa. Nós trabalhamos com as polícias de forma integrada em um centro de controle único, e nós podemos implantar isso em todo o estado", disse Gleisi, ressaltando que o governo federal teria recursos para isso.

Cardozo também esteve em Curitiba na última quarta (13) para formalizar a entrega do Centro Integrado de Comado e Controle (CICC) para o governo do estado – e voltou neste sábado (16), em dia de folga, para apoiar Gleisi. "Temos que propor para o Brasil um plano semelhante ao da Copa. E para isso precisamos das forças integradas", afirmou o ministro.

Os centros integrados de segurança reuniriam o comando das várias forças policiais e também as imagens filmadas, 24h por dia, por câmeras de vigilância instaladas pela cidade. Pinhais, na região metropolitana, que já tem um centro parecido instalado há um ano e meio, já teria reduzido a violência em 50%, disse a candidata.

O evento teve como mote a sanção do estatuto da Guarda Municipal pela presidente Dilma esta semana – a partir de um projeto de Gleisi enquanto senadora. Com a estatuto, a Guarda ganha poderes de polícia, inclusive com porte de arma. "Na situação que nós estamos hoje, todas as forças de segurança são necessárias", disse a candidata.

O almoço ocorreu no restaurante Madalosso, em Curitiba, e reuniu pouco mais de 300 guardas municipais, além dos aliados políticos de Gleisi da região metropolitana. Para entrar, era preciso pagar R$ 38 – o mesmo preço pago por outros clientes do restaurante, com a diferença que os convidados da campanha não pagavam bebidas.

Pesquisa

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), disse que vê com bons olhos o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada sexta-feira (15), apesar de Gleisi estar em terceiro lugar na disputa, com apenas 11% das intenções de voto. "Eu lembro que nesta fase, boa parte das pesquisas também me colocavam bem atrás", comentou. Gleisi não quis comentar o levantamento e diz que não tecerá comentários mesmo se começar a subir nas pesquisas.

Já Ricardo Gomyde, candidato ao Senado pela coligação, disse estar "muito contente" com o resultado – apesar de ter ficado bem abaixo do candidato do PSDB, Alvaro Dias. Ele tem 4% ante 57% de intenções de voto do tucano. "Em todas as últimas eleições, o Alvaro começou muito alto [nas pesquisas] e foi despencando. Se tivesse mais uma semana [na eleição de 2006], ele iria perder. Desta vez, não vai faltar uma semana", provocou.A pesquisa, encomendada pela RPC TV e pelo jornal Folha de S. Paulo, foi realizada entre os dias 12 e 14 de agosto. Foram entrevistados 1.226 eleitores em 46 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de três pontos prevista.

A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o número 00014/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00358/2014.

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