Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
aposentados

Marina promete rever o fator previdenciário

Declaração foi dada um dia após Aécio Neves dizer que pretende substituir o mecanismo que desestimula aposentadorias precoces

Marina com seu vice, Beto Albuquerque, que tira uma selfie dos dois | Sebastião Moreira/Efe
Marina com seu vice, Beto Albuquerque, que tira uma selfie dos dois (Foto: Sebastião Moreira/Efe)

Um dia após Aécio Neves (PSDB) ter prometido substituir o fator previdenciário, a candidata à Presidência Marina Silva (PSB) disse em discurso para sindicalistas que um governo seu não retrocederá "um milímetro" nos direitos dos trabalhadores e que, se eleita, vai rediscutir o fator previdenciário. "Não é retórica. Estamos dizendo, sem demagogia, que queremos revisitar [o fator previdenciário] para encontrar uma fórmula que não penalize o aposentado e o trabalhador", disse após criticar que o PSDB criou o mecanismo e que o PT o manteve.

Segundo a candidata, "a corda rompeu sempre do lado mais fraco" e, ao contrário do que dizem, afirmou, não pretende acabar com qualquer conquista da sociedade brasileira. "Direitos não são favores, são conquistas e conquistas não devem ser tratadas como favores", disse em crítica indireta ao governo da presidente Dilma Rousseff, que adota um discurso das melhorias promovidas pelo PT no governo federal.

O programa de governo da candidata foi criticado, inclusive por lideranças sindicais ligadas ao PSB, por ter tratado de forma genérica a terceirização e uma "atualização" das relações de trabalho. Desde então, a candidata e sua equipe vêm reforçando a mensagem de Marina ser de origem humilde, trabalhadora e que jamais prejudicaria a classe trabalhadora.

Nesse contexto, Marina reforçou também a mensagem de que está sendo vítima de calúnias. "Dizem que vou acabar com tudo e também vou acabar com o resto. É uma cortina de fumaça. A presidente tem necessidade de dizer isso porque é a única forma de disfarçar", afirmou.

Marina afirmou que, se o país continuar no "atraso da política", na divisão entre PT e PSDB, é que haverá o risco de se perder conquistas. "Lembra que o Collor dizia que o Lula ia confiscar a poupança? Quem foi que confiscou a poupança", relacionou a pessebista. E emendou críticas ao governo. "Ela [Dilma] está exterminando o presente." Em ocasiões anteriores, Marina disse que só seria capaz de acabar com tantas coisas, como colocado pelos adversários, se fosse a "exterminadora do futuro".

Marina repetiu seu bordão de manter conquistas e corrigir erros, rompendo com a polarização entre PT e PSDB, chamando os candidatos desses partidos de "essa minoria que não apresentou programa e que quer ganhar o governo com base em um cheque em branco".

A candidata do PSB disse que irá recuperar as instituições e afirmou que o atual governo não sabe separar instituições. "No nosso governo as instituições serão do Estado brasileiro e não estarão a serviço do governo ou do partido." Ela afirmou também que o aparelhamento já atinge uma instituição respeitada, como IBGE, em referência ao caso de correção da Pnad que causou constrangimento para o governo.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.