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A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou, ao desembarcar nesta sexta-feira, 26, em Juiz de Fora (MG), que não trata nenhum partido como "linha auxiliar" de sua candidatura, e por isso só buscará apoios para o segundo turno depois da primeira votação, no dia 5 de outubro.

"Minha atitude sempre foi a de respeito com os que concorrem comigo. Não trato ninguém como linha auxiliar de candidatura. Todas as candidaturas são legítimas", afirmou a ex-ministra, que voltou a cobrar do tucano Aécio Neves e da presidente Dilma Rousseff (PT) a divulgação de seus programas de governo. "No primeiro turno a gente discute propostas, de preferência na forma de programa, e infelizmente os candidatos não apresentaram. Nós temos um programa e com ele estamos fazendo o debate e convencendo o eleitor", disse Marina, em entrevista no aeroporto da cidade, antes de seguir para o comício no centro.

Marina não quis responder se, caso seja levada ao segundo turno, vai buscar o apoio de Aécio Neves, que hoje é o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais.

Questionada sobre o futuro da Rede Sustentabilidade, que lidera, e do PSB, a ex-ministra disse que não há "nenhum problema" na convivência dos dois grupos, mas evitou responder se deixará o PSB quando a Rede for formalizada como partido.

Mais uma vez Marina disse que, se eleita, seu governo discutirá mudança no fator previdenciário, sistema de cálculo que tenta evitar aposentadorias precoces, criado no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso e mantido pelos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma. A candidata, no entanto, não apresentou proposta de alteração do sistema.

Material de campanha

Aliados da candidata em Juiz de Fora reclamaram da falta de material de campanha para ajudar a divulgar o nome de Marina em Minas Gerais, onde ela tem 20% das intenções de voto, segundo o Ibope divulgado em 23 de setembro. No mesmo levantamento, o tucano Aécio Neves tinha 31% e a presidente Dilma, 32%.

Candidato ao governo mineiro pelo PSB, o ex-prefeito de Juiz de Fora Tarcísio Delgado disse que só recebeu material de campanha com o nome de Marina no último domingo. "Até a semana passada eu estava desesperado, sem material. O PSB disse que tinha dificuldade até lá em cima (para a campanha presidencial). Se tivesse mais recursos, eu estaria disputando em condições de igualdade o governo de Minas e poderia divulgar mais a candidatura de Marina. Mas, mesmo assim, onde vamos somos bem recebidos", afirmou Tarcísio, que tem apenas 4% das intenções de voto segundo pesquisa divulgada pelo Ibope em 25 de setembro. O petista Fernando Pimentel tem 44% e o tucano Pimenta da Veiga, 25%.

Filho de Tarcísio, o deputado federal Júlio Delgado, candidato à reeleição, disse que até há pouco tempo fazia campanha com o material de propaganda do candidato a presidente Eduardo Campos, que morreu em um acidente aérea em 13 de agosto e foi substituído por Marina.

Quarto colégio eleitoral de Minas Gerais, com 392 mil eleitores, Juiz de Fora terá nesta sexta-feira, 26, o segundo comício consecutivo. Nesta quinta-feira, 25, Julio Delgado recebeu o apoio de um político que sequer tem votos em Minas Gerais. Com a eleição para o Senado praticamente garantida no Rio de Janeiro, o ex-jogador de futebol e atual deputado federal Romário (PSB) foi a Juiz de Fora pedir votos para Julio, Tarcísio e Marina. "Foi uma loucura, acho que ele posou para mais de 3 mil selfies. As pessoas gostam muito do Romário aqui", disse Julio Delgado.

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