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Fruet e Richa: separados desde 2012, os dois podem se reencontrar para 2016 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Fruet e Richa: separados desde 2012, os dois podem se reencontrar para 2016| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

A pecha de que os políticos estão sempre com a cabeça na próxima eleição não é apenas mito. No dia seguinte à reeleição do governador Beto Richa (PSDB), o grupo político do tucano já começou a se articular de olho nas disputas pela prefeitura de Curitiba em 2016 e pelo governo do estado daqui a quatro anos. Mais do que isso, aliados de Richa dão como certa a renúncia dele em abril de 2018 para disputar o Senado.

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Veja o resultado da apuração dos votos para governador na cidade de Curitiba

As negociações mais surpreendentes dizem respeito à prefeitura da capital. Em 2012, o pedetista Gustavo Fruet derrotou o candidato de Richa, Luciano Ducci (PSB), encerrando um ciclo de poder de 24 anos no comando da administração municipal. Além de ter contado com o PT na coligação, Fruet havia recém-saído do PSDB justamente por falta de espaço para disputar aquela eleição.

Agora, porém, aliados do governador estão buscando uma reaproximação com o próprio Fruet para 2016. A leitura é de que, além de o grupo tucano não ter um candidato competitivo para a disputa, o PT praticamente deixou de ser um adversário que ofereça perigo no estado – hoje, conta apenas com três vereadores em Curitiba e elegeu somente três deputados estaduais no último domingo –, o que pode facilitar a aproximação.

Procurado ontem por telefone, Fruet não atendeu as ligações da reportagem.

Palácio Iguaçu

Já no Executivo estadual, os tucanos locais confirmam a saída de Richa para se candidatar a senador em 2018. Em recente sabatina à Gazeta do Povo, o governador reeleito disse que não pretendia renunciar ao cargo, mas também não descartou a possibilidade.

Nesse cenário, a primeira candidatura que se apresentaria é a de Cida Borghetti (Pros), eleita como vice de Richa e integrante do mais novo grupo de poder político no estado, encabeçado pelo marido dela, o deputado federal eleito Ricardo Barros (PP). "Se o Beto renunciar, é natural que ela pretenda a reeleição. Isso passou a ser a lógica do processo [eleitoral]", disse Barros. Questionada sobre o assunto, a vice-governadora eleita declarou apenas que "o futuro a Deus pertence".

Já no ninho tucano, o nome mais forte no momento é o do senador Alvaro Dias. Reeleito com 800 mil votos a mais que Richa, o cacife de Alvaro cresceria ainda mais se Aécio Neves for eleito presidente e oferecer a ele um posto de destaque no governo federal. "Até pela minha experiência política, tenho o dever de adotar uma postura de cautela. Antecipar o processo pode comprometer o próprio governo. A política é feita de superação de etapas, e quando uma etapa se sobrepõe à outra, você compromete a gestão", desconversou.

O terceiro nome é o de Ratinho Jr. (PSC), que nunca escondeu o desejo de se tornar governador. Como trunfo, ele tem os 300 mil votos recebidos para deputado estadual e uma bancada de 12 deputados do PSC na Assembleia Legislativa nos próximos quatro anos.

Colaborou Chico Marés.

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