
Na corrida pelas vagas à Câmara de Vereadores de Curitiba, os partidos e coligações apostam na força de candidatos puxadores de votos para conquistar mais cadeiras no Legislativo municipal. Como no sistema político brasileiro o voto de cada candidato é computado para o partido ou coligação a que ele pertence e depois dividido pelo quociente eleitoral para saber quantas cadeiras no Legislativo a legenda conquistou, ter candidatos "bons de voto" é considerado fundamental para um resultado positivo nas urnas. Pensando nisso, os partidos apostam em políticos de famílias tradicionais, religiosos e candidatos com grande exposição na mídia, como apresentadores de TV, para ampliar a chance de ter mais espaço na Câmara a partir de 2013.
Na chapa formada por PSC e PTdoB, que apoia o candidato a prefeito Ratinho Jr. (PSC), a aposta é em um sobrenome tradicional da política paranaense: Bruno Pessuti (PSC), filho do ex-governador Orlando Pessuti. Além dele, a ex-deputada estadual Arlete Caramês (PSC), conhecida como Arlete, Mãe do Guilherme, é apontada como outra candidata forte da chapa.
"Estamos confiantes em eleger de oito a dez vereadores", diz o presidente municipal do PSC, Antonio Borges dos Reis. Atualmente, o partido possui apenas uma cadeira na Câmara de Curitiba, ocupada por Julião Sobota.
O atual vereador Pastor Valdemir Soares (PRB), segundo colocado nas eleições proporcionais de 2008, é o grande puxador de votos na chapa de apoio ao prefeito e candidato à reeleição, Luciano Ducci (PSB), aponta Ubirajara Schreider, presidente local do PSB. No PV a aposta é a transferência de votos do atual deputado estadual e ex-vereador Roberto Acciolli ao seu filho, o também apresentador de TV, Cristiano Santos. Acciolli foi o primeiro colocado na última disputa à Câmara Municipal, com mais de 17 mil votos.
Junto com o PT e o PDT, o PV integra a chapa do candidato Gustavo Fruet (PDT). "Temos também o atual vereador Paulo Salamuni, que se destacou na oposição da Câmara neste mandato", aponta o vice-presidente do partido no Paraná, o deputado estadual Rasca Rodrigues.
O coordenador da campanha de vereadores da coligação de Fruet, Edson Feltrin, prefere não citar nomes de puxadores de votos. "Espero que todos sejam [bem votados]. Para conseguir uma cadeira na Câmara, a coligação ou partido tem de fazer, pelo menos, 25 mil votos e acredito que nenhum candidato tenha essa capacidade", diz.
Legenda
O PMDB, que lançou Rafael Greca como concorrente a prefeito e formou chapa pura nas eleições majoritária e proporcional, vai investir na campanha do voto na legenda quando o eleitor vota no partido, não no candidato a vereador. "Acreditamos na eleição de dois vereadores apenas com o voto no partido", diz o presidente municipal do PMDB, Doático Santos.
17 mil votos foram conquistados por Roberto Acciolli na eleição de 2008 para a Câmara de Curitiba. Ele foi o primeiro colocado na dispta.
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