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Campos

Procuradoria vai apurar suposta oferta de propina na eleição de PE

Polícia Federal, contudo, só vai entrar na apuração se houver pedido formal dos procuradores eleitorais ou da Justiça Eleitoral

O Ministério Público Eleitoral em Pernambuco vai apurar a suposta oferta de propina para que o Pros apoiasse a campanha de Paulo Câmara, candidato a governador do Estado e escolhido do presidenciável Eduardo Campos.

A Polícia Federal, contudo, só vai entrar na apuração se houver pedido formal dos procuradores eleitorais ou da Justiça Eleitoral.

"No caso de crimes eleitorais, a PF não tem poder de solicitar inquérito de ofício. Essa é uma resolução do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]", explicou o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

A informação de que serão procuradores federais em Recife que vão apurar o caso é da Procuradoria-Geral da República.

Nesta quarta-feira (23), no entanto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não quis comentar quais providencias seriam tomadas a matéria publicada pela Folha de S.Paulo que revelou a oferta de propina por apoio político.

O deputado federal José Augusto Maia (Pros-PE) relatou ao jornal que recebeu e recusou oferta de vantagem financeira para que seu partido integrasse formalmente a coligação do candidato de Campos em Pernambuco. A outros deputados -dois deles foram ouvidos sob condição de anonimato pela Folha de S.Paulo e contaram a mesma história- Maia afirmou que a oferta foi de R$ 6 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões seriam reservados a ele.

De acordo com o relato do deputado, a proposta de vantagem financeira foi feita a ele pelo presidente nacional do Pros, Eurípedes Jr., e pelo líder da bancada do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE). Ambos negam a oferta de dinheiro para que o partido do deputado se coligasse formalmente à chapa de Paulo Câmara em Pernambuco.

Laboratório

Cardozo e Janot assinaram nesta quarta um acordo de cooperação para a instalação de um laboratório de tecnologia contra lavagem de dinheiro no Ministério Público Federal.Pelo acordo, o MJ fornece os equipamentos (hardwares e softwares) para montagem do laboratório. Em contrapartida, o MPF providencia o espaço e os funcionários.

O MJ coordena uma rede de 43 laboratórios usados por representantes do Ministério Público e policiais em diferentes estados, além da Receita Federal. Esses laboratórios já analisaram operações financeiras que somam R$ 20 bilhões.

Como resultado do uso desses equipamentos, que cruzam dados, fazem organogramas e facilita a análise de transações financeiras, o governo federal mantém bloqueados no exterior aproximadamente US$ 200 milhões sob suspeita de terem origem irregular.

O MJ gastou mais de R$ 40 milhões para montar a rede de programas e equipamentos do laboratório. O montante é maior que os R$ 34,2 milhões repatriados desde 2004, quando foi criado o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).

Apesar de atribuir à morosidade da Justiça o pequeno montante recuperado, o MJ esclarece que é preciso contabilizar também os valores bloqueados e os bens culturais e históricos, como obras de arte, repatriados.

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