Que o voto é importante, todo mundo sabe. Mas na hora de escolher seus representantes políticos, muitos brasileiros abrem mão desse direito. Em 2010, nas últimas eleições presidenciais, a abstenção foi de 18,12%, totalizando mais de 24 milhões de pessoas. E, nas eleições municipais de 2012, mais de 14% dos eleitores paranaenses não compareceram às urnas.
Notícias recentes mostram, contudo, que o voto precisa ser mais valorizado, pois pode fazer toda a diferença entre ganhar ou perder uma eleição. O caso mais atual é de uma secretária de dentista de Coronel Pilar, Rio Grande do Sul, que, com apenas um voto registrado nas eleições de 2012, entrou para a Câmara de Vereadores na semana passada.
Na última eleição, só Veridiana Bassotto Pasini (PTB) votou nela mesma, o que a deixou na sétima suplência. Agora ela tomou posse como vereadora após licença médica de Luciano Contini (PMDB), e deve permanecer na função até outubro. Nesse caso, um único voto lhe garantiu uma vaga. Em entrevista ao jornal Zero Hora, a mais recente vereadora de Coronel Pilar admite que a experiência a fez valorizar o voto.
Candidata é eleita prefeita por apenas um voto de diferença
Outro caso que salta aos olhos é do município de Jussara, no Noroeste do Paraná, onde a candidata Luciana Mara Barbosa (PDT) levou a prefeitura da cidade em 2008 por apenas um voto de diferença. Foram 1.876 votos contra 1.875 votos do candidato Tatinha (PMDB). Na época, a cidade tinha 6.250 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mesmo ano, em Moreira Sales, também no Paraná, o candidato Luiz Antônio Volpato (PMDB) venceu a disputa pela prefeitura com uma diferença de apenas dois votos. Ele conseguiu 3.184 votos, contra 3.182 votos de Célio Pedreiro (PR), segundo colocado na eleição.
