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Márcio Holland de Brito é secretário de política econômica do Ministério da Fazenda e um dos defensores da política econômica da atual gestão. Tem doutorado em Economia pela Unicamp e pós doutorado pela University of California de Berkeley | Elza Fiúza/ Abr
Márcio Holland de Brito é secretário de política econômica do Ministério da Fazenda e um dos defensores da política econômica da atual gestão. Tem doutorado em Economia pela Unicamp e pós doutorado pela University of California de Berkeley| Foto: Elza Fiúza/ Abr

Independentemente do resultado das eleições, é certo que o Brasil terá um novo ministro da Fazenda em 2015. Depois de oito anos no posto, Guido Mantega deixará a pasta ao final do ano mesmo que Dilma Rousseff seja reeleita. Apesar da troca, o discurso oficial e as análises de especialistas levam a crer que a condução da economia do país terá continuidade. E os principais fiadores da atual estratégia são o secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland (foto), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Segundo o professor de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Antônio Carlos Alves dos Santos, o programa de Dilma para a economia é muito sucinto. "O plano tem poucos parágrafos e é muito generalista. Mas pelo tom, as convicções atuais vão se manter."

A tática de forte intervenção do estado em algumas medidas pontuais deve se manter, com destaque para a política de desonerações para o setor produtivo, com o objetivo de elevar a taxa de investimento, e a retenção de reajustes de preços controlados, a fim de segurar a inflação.

Para o coordenador de macroeconomia da Universidade Federal da Bahia, Josué Mourão, estas são apostas arriscadas. "Há um claro desgaste nestas propostas. A tentativa já foi feita e não houve o sucesso esperado, com um crescimento muito baixo." Por outro lado, Mourão diz que a mão forte do estado, criticada pelos candidatos de oposição, não é necessariamente um mau caminho. "É ingenuidade achar que o mercado sozinho estimula a economia. Política de conteúdo nacional e financiamento público são importantes. Tanto quanto atrair a iniciativa privada", afirma.

O financiamento de projetos a juros subsidiados também é uma prática que se tornou bastante comum na atual gestão e que deve persistir, na tentativa de movimentar a economia em um cenário de morosidade. O grande problema apontado pela oposição é a falta de sustentabilidade da prática. "O financiamento tem que acontecer, mas não pode prejudicar o Tesouro", avalia Mourão.

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