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Primeiro debate entre os prefeituráveis de Curitiba ocorreu na segunda-feira (22). | Pedro Serapio/Gazeta do Povo
Primeiro debate entre os prefeituráveis de Curitiba ocorreu na segunda-feira (22).| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

Os eleitores curitibanos puderam conhecer melhor todos os nove candidatos a prefeito durante o primeiro debate, na segunda-feira (22). E nesta terça, o programa “Margem de Erro”, da Gazeta do Povo , fez uma análise do debate entrevistando a professora da UFPR, Luciana Panke, que é pós-doutora em comunicação e política e foi escolhida com uma das 12 mais influentes da comunicação política da América Latina pelo Victory Awards 2016.

Durante conversa com o jornalista Fernando Martins, Luciana confessou não ter gostado muito do primeiro debate da capital paranaense. “O que me deu a impressão foi de algo mais morno. A tendência é que, com a minirreforma eleitoral [de 2015], os debates sirvam para apresentar os candidatos aos eleitores”, analisou.

Em debate morno, candidatos evitam o confronto e apresentam poucas propostas novas

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Para a professora, os candidatos fizeram discussões rasas. “O que me chamou atenção foi a falta de plano de governo. Falou-se de educação e saúde, mas não adianta apontar que a saúde precisa de melhorias sem apresentar soluções para o problema. O eleitor precisa ficar atento para não cair nessas generalizações feitas pelos políticos”.

Luciana também identificou o atual prefeito, Gustavo Fruet (PDT), como o principal alvo dos demais políticos presentes no debate. “Podemos ver uma união contra a reeleição de Fruet. Enquanto os demais candidatos atacaram o atual prefeito, ele se defendeu levantando números”, explicou, alertando para a postura de Fruet. “Além de ser prefeito, ele também é um candidato e precisa divulgar novas propostas”.

Sobre a situação financeira do município, Fruet, Requião Filho (PMDB) e Tadeu Veneri (PT) foram mais realistas e este fato foi destacado pela comunicadora. “O atual prefeito aproveitou para jogar o problema financeiro na conta do governador Beto Richa (que apoia o Rafael Greca, do PMN)”, analisou Luciana. “Já Veneri rebateu as propostas de Greca afirmando que o candidato estaria tentando ‘vender terreno na lua’”, completou.

Outra questão abordada foi a utilização dos padrinhos de campanha durante o debate. Para Luciana, a imagem de Beto Richa ao lado de Greca será trabalhada negativamente pelos demais candidatos. Já Leprevost tentará usar a influência de Ratinho Jr. para consolidar seu nome entre os eleitores. “Acredito que Ratinho estará bem presente na campanha do Ney [Leprevost] para aumentar sua identificação com a população”.

Inchada com nove candidatos, as eleições 2016 também podem ser tratadas como um projeto futuro para alguns políticos. Para Luciana, este é o caso de Maria Victoria (PP) e Requião Filho. “Acredito que eles estão trabalhando para uma próxima eleição. Ainda não devem ter a intenção de vencer a disputa desse ano”.

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