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Marcelo Freixo, do PSOL: “Derrotamos o PMDB em homenagem à democracia” | YASUYOSHI CHIBA/AFP
Marcelo Freixo, do PSOL: “Derrotamos o PMDB em homenagem à democracia”| Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP

O candidato do PRB à prefeitura do Rio de Janeiro, senador Marcelo Crivella, vai disputar o segundo turno com o candidato do PSOL, Marcelo Freixo. Com as urnas apuradas, Crivella obteve 842.201 votos, ou 27,78% dos válidos, enquanto Freixo ficou com 18,26%, ou 553.424 votos. Ambos criticaram o PMDB, cujo candidato, Pedro Paulo, terminou em terceiro lugar, com 16,12% dos votos válidos, ou 488.775.

Veja como ficou a apuração na capital fluminense

Em coletiva neste domingo (2), Crivella reafirmou que não quer o apoio do PMDB “do Rio de Janeiro”: “Nesse momento, com os quadros do PMDB no Rio, acho que não (vou conversar com o partido)”, disse, em entrevista coletiva concedida na noite deste domingo (2), em um hotel na Barra da Tijuca (zona oeste).

Desde o início da campanha, Crivella criticou o PMDB do atual prefeito, Eduardo Paes, e do candidato Pedro Paulo, que ficou em terceiro lugar com 16% dos votos. O candidato do PRB vai enfrentar Marcelo Freixo, do PSOL, que conquistou a vaga para o segundo turno com 18,4% dos votos.

“O PMDB mostrou que precisa reciclar, que não é possível continuar com essas práticas políticas. E isso não sou eu quem digo, são os eleitores. As pessoas estavam desalentadas com as atitudes do prefeito e os sucessivos escândalos do partido. O PMDB deixar de ir para o segundo turno é uma coisa redentora, algo extraordinária, que não se esperava”, afirmou.

“Não conversei (com o PMDB) nem tenho a intenção, mas vou conversar com todas as outras forças políticas. Quero conversar com todas as forças que pensam como eu”, disse Crivella. Em seguida, o candidato redirecionou as críticas: “Me referia a segmentos do PMDB, não é o partido como um todo. Paulo Duque, por exemplo, é do PMDB e votou em mim”. Questionado novamente pela imprensa, ele reiterou: “Se os eleitores de Pedro Paulo quiserem apoiar nosso projeto, serão muito bem recebidos. Eu não rejeito voto de nenhum eleitor. Agora, não farei acordos sobre cargos ou posições no governo”.

Já Freixo afirmou que o resultado das urnas é uma resposta a um partido golpista, se referindo ao PMDB. No primeiro turno, Freixo superou o candidato Pedro Paulo (PMDB), mesmo partido do presidente da República, Michel Temer, e do atual prefeito, Eduardo Paes.

“Derrotamos o PMDB em homenagem à democracia”, disse Freixo, que participa de um ato público no bairro da Lapa, tradicional local de manifestação da esquerda no Rio de Janeiro. “Ninguém segura mais a gente”, completou o candidato, sendo aplaudido pela população no local, que gritava “Fora Temer”.

Na votação deste domingo, Crivella liderou com quase 28% dos votos, enquanto Freixo ficou com 18%. Em entrevista coletiva, o candidato Marcelo Crivella disse que já começou a procurar os adversários em busca de apoio. “Vou procurar todas as forças políticas e tentar convencê-las de que chegou a hora de cuidar das pessoas”, afirmou o candidato do PRB, citando o slogan de sua campanha.

Pedro Paulo

Após a derrota, o candidato do PMDB à prefeitura, Pedro Paulo agradeceu ao prefeito Eduardo Paes, aos partidos da coligação e sinalizou que não deverá apoiar nenhum dos candidatos que passaram para o segundo turno, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL). “A cidade fez suas escolhas. Vou me posicionar ouvindo os partidos da coligação, mas vejo incompatibilidade com as duas candidaturas”, disse, revelando uma posição pessoal e não do partido. O candidato fez um pronunciamento e não respondeu a perguntas. Questionado sobre os motivos que causaram a derrota, disse que “depois falaria sobre isso”.

Desde 2006, quando Sérgio Cabral se elegeu governador, o PMDB não perde uma eleição majoritária no estado e na capital. A candidatura de Pedro Paulo foi bancada pelo prefeito Eduardo Paes, que insistiu no nome de seu ex-secretário de Governo mesmo após ele ter sido acusado de ter agredido a ex-mulher. Naquele momento, setores do PMDB chegaram a defender, reservadamente, a troca da candidatura. Oficialmente, o discurso da cúpula do partido sempre foi o de que a prerrogativa de indicar o próprio sucessor caberia a Paes.

No momento mais crítico, Pedro Paulo chegou a manifestar, em uma reunião com outros integrantes do partido, o desejo de retirar a candidatura. O ex-governador Sérgio Cabral estimulou Pedro Paulo a se manter na disputa. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou o inquérito que investigava a agressão, ao considerar que o peemedebista agiu em legítima defesa.

Outros candidatos

O candidato Flávio Bolsonaro (PSC), com 424.307 votos ficou com 16,12%, e o candidato do PSD, Índio da Costa, com 8,99%, obteve 272.500 votos. Eles foram seguidos por Carlos Osório (PSDB), com 261.386 votos (8,62%); Jandira Feghali (PCdoB), com 101.133 votos (3,34%); Alessandro Molon (Rede), com 43.426 votos (1,43%); Carmen Migueles (Novo), com 38.512 votos (1,27%) e Cyro Garcia (PSTU), com 5.759 votos (0,19%).

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