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Enéas teve 17 segundos de televisão em 1989 e conquistou mais de 360 mil votos. | José Cruz/Agência Brasil
Enéas teve 17 segundos de televisão em 1989 e conquistou mais de 360 mil votos.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Com a mudança nas leis eleitorais para 2016, os partidos terão uma difícil missão para conseguir se comunicar com o eleitor por meio de propaganda eleitoral na televisão. Com o tempo muito reduzido, alguns dos nove candidatos à prefeitura de Curitiba terão menos de 15 segundos para apresentar suas ideias.

Afonso Rangel, do PRP, será candidato a prefeito com o menor tempo de televisão (entre 6 e 10 segundos por programa eleitoral) e aposta na divulgação do seu trabalho nas redes sociais para conseguir eleitores.

“Primeiramente a lei é totalmente desigual, mas não tem como argumentar contra ela. É inviável apresentar nossas ideias nos poucos segundos que vão nos dar, mas tentaremos usar o tempo para levar o eleitor para as redes sociais. A ideia é utilizar as redes sociais como nosso principal canal de informação”, explicou o pró-reitor da Tuiuti.

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Presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli acredita que o pouco tempo das novas eleições não será um problema tão grande para os candidatos. “Vale lembrar que Enéas tinha menos de 15 segundos e foi o deputado federal mais votado de São Paulo”, iniciou o especialista em marketing político. “Não é a quantidade, é a qualidade que vai definir a aceitação do público”, completou.

Manhanelli ainda explica que o político que busca ser eleito precisará de bons profissionais envolvidos na produção das propagandas políticas. “O público já está acostumado com um bom padrão de qualidade na TV e simplesmente não vai aceitar algo que destoe da qualidade que assistem diariamente”.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só divulgará os tempos de cada candidato após o dia 16 de agosto, prazo final para os partidos registrarem suas chapas na Justiça Eleitoral. Porém, candidatos a prefeito sem coligações e que sejam de um partido com poucos representantes na Câmara dos Deputados deverão ficar com menos de dez segundos de propaganda eleitoral na TV.

Exemplo citado por Carlos Manhanelli, Enéas Carneiro era um médico cardiologista que ganhou fama política depois que, em 1989, se candidatou à presidência pelo Prona – partido fundado por ele mesmo – e teve que divulgar seu plano de governo na TV com apenas 17 segundos de propaganda política (veja o vídeo abaixo). Ele terminou as eleições com mais de 360 mil votos.

O pleito vencido por Fernando Collor de Mello contava com 22 candidatos e Enéas terminou em 12º. Já em 2002, o político se candidatou a deputado federal por São Paulo e recebeu cerca de 1,57 milhão de votos, se tornando o deputado mais votado da história.

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