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Que fim levou a Nau Capitânia de Greca?

Réplica de uma embarcação portuguesa da Era dos Descobrimentos foi construída para celebrar os 500 anos do Brasil, mas problemas técnicos deixaram-na de fora da festa

Nau Capitânia foi idealizada por Rafael Greca quando ele era ministro do Turismo. | Patrícia Santos/Folhapress
Nau Capitânia foi idealizada por Rafael Greca quando ele era ministro do Turismo. (Foto: Patrícia Santos/Folhapress)

Um dos “calos” de Rafael Greca (PMN) que seus adversários costumam pisar durante os embates políticos é o fracasso da Nau Capitânia. Construída sob coordenação do Ministério do Turismo – à época comandado por Greca – para celebrar os 500 anos de descobrimento do Brasil, a embarcação custou R$ 3,8 milhões (cerca de R$ 11 milhões em valores atuais, corrigidos pelo IPCA) e deveria ser a grande estrela da efeméride.

Entretanto, problemas técnicos na embarcação fizeram com que ela tivesse que ser retirada das comemorações. No dia 5 de maio de 2000, menos de 15 dias depois das celebrações, Greca deixou o Ministério do Turismo.

Dezesseis anos depois de ser construída, a Nau Capitânia parece ter encontrado um destino melhor que o prenunciado em sua inauguração. Atracada desde 2008 na região central da cidade do Rio de Janeiro, no Espaço Cultural da Marinha, a nau agora é peça de museu.

Rebatizada de “Nau dos Descobrimentos”, ela faz parte de um conjunto de seis navios históricos: a Galeota de D. João VI, um rebocador que participou da Primeira Guerra Mundial, um contratorpedeiro que participou da Segunda Guerra Mundial, um submarino da década de 1970 e uma escuna. Adaptada cenograficamente, a embarcação abriga uma exposição sobre a vida a bordo no final do século XV e início do XVI.

De acordo com a Marinha, estima-se que a manutenção da nau custe aproximadamente R$ 80 mil por ano. Esse valor é utilizado para retirar a embarcação da água para reparos a cada dois anos e também para impermeabilizar o convés, realizar pinturas periódicas e substituições de acessórios.

Das embarcações expostas no museu, apenas a Nau dos Descobrimentos não é original. “Com decoração cenográfica em seu interior, serve como local de visitação, agradando bastante aos visitantes, principalmente jovens escolares”, afirma a Marinha.

Ainda de acordo com a Marinha do Brasil, a Nau dos Descobrimentos também serviu de cenário para o filme Desmundo. Lançanda em 2003, a obra dirigida pelo cineasta francês radicado no Brasil Alain Fresnot é ambientada em 1570 e retrata o envio de órfãs portuguesas ao Brasil para que se casassem com os colonizadores.

Olimpíada

As mudanças realizadas na cidade do Rio de Janeiro para a realização dos Jogos Olímpicos devem facilitar o acesso do público às atrações do Centro Cultural da Marinha – inclusive à Nau dos Descobrimentos. Localizado no Boulevard Olímpico, o espaço entra na mesma rota turística do Museu do Amanhã e do Porto Maravilha.

Depois de ficar fechado para as reformas olímpicas, o complexo reabriu para visitação no último sábado (13) e recebeu a visita de 9 mil pessoas, segundo a assessoria de imprensa da Marinha.

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