• Carregando...
A maioria dos planos de governo ainda não está disponível ao eleitor |
A maioria dos planos de governo ainda não está disponível ao eleitor| Foto:

A menos de dois meses da eleição, o plano de governo completo dos candidatos a prefeito de Curitiba ainda não está disponível à população, que, por enquanto, decide em quem votar pelo que ouve e não por propostas concretas. Os candidatos alegam que têm planos prontos de como irão governar a capital, mas não abriram essas informações ao grande eleitorado. A promessa é que a partir de sexta-feira elas comecem a ser publicadas na íntegra nos sites dos candidatos.

Alguns, no entanto, não pretendem divulgar o plano de governo tão cedo. Gleisi Hoffmann (PT) irá divulgar as propostas aos poucos, conforme a demanda. O plano de governo na íntegra ficará disponível no fim da campanha, segundo sua assessoria de imprensa. O candidato Maurício Furtado (PV) também não irá divulgar o plano completo. "Na sexta-feira, colocaremos no site um apanhado de nossas propostas, porque a versão na íntegra é um documento de uso interno do partido", comentou Furtado.

Carlos Homero, coordenador técnico do plano de governo do candidato à reeleição Beto Richa (PSDB), explica que o plano ainda não foi divulgado por estratégia de campanha e que faltam alguns seminários de discussão. Ele não esconde, porém, que um pouco da demora tem relação com a possibilidade de os outros candidatos verem as propostas.

Três candidatos têm propostas disponíveis na internet, mas não o plano de governo completo. Um deles é Fabio Camargo (PTB), que colocará todo o plano de governo no site durante o horário eleitoral na televisão. Também o PSol, de Bruno Meirinho, publicou na internet o que já está pronto do plano. Carlos Moreira (PMDB) disponibilizou um resumo do plano no site. Para ter acesso à versão integral, o eleitor deve entrar em contato com a assessoria de Moreira.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná Ricardo Costa de Oliveira, o programa já poderia ter sido disponibilizado desde o início da campanha, em 6 de julho, ou os partidos deveriam ter anunciado pelo menos quando as propostas estariam disponíveis. Segundo Oliveira, o plano é importante porque orienta os eleitores tanto na escolha do voto quanto no acompanhamento e cobrança posteriores. "O programa é o conteúdo. Muitas vezes o discurso é mais a forma, a aparência."

"Fico chocada em saber que não tenham ainda apresentado o plano de governo. É a primeira coisa que deve ser feita, que tipo de políticas públicas se pretende instrumentalizar", diz a professora Amélia Sampaio Rossi, do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Ela observa que o plano de governo é importante para dar transparência, mas constata que o eleitor ainda não tem o hábito de analisar as propostas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]