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Nos últimos oito anos

Em 8 anos, 276 prefeitos do Paraná tiveram contas julgadas irregulares pelo TC

Eles e outros gestores fazem parte de uma lista enviada pelo órgão ao TRE-PR e que servirá de base para o julgamento de inegibilidades para as eleições

Prédio do TC-PR, em Curitiba | Gazeta do Povo/
Prédio do TC-PR, em Curitiba (Foto: Gazeta do Povo/)

Uma lista divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR) traz uma relação de pessoas que tiveram contas julgadas irregulares pelo órgão nos últimos oito anos. No total, 276 prefeitos e um vice-prefeito aparecem na lista, que relaciona apenas que tiveram decisões com trânsito em julgado (sem possibilidade de recurso) no período. O material foi entregue nesta quarta-feira (15) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e servirá como base para a declaração de inegibilidade destas pessoas nas próximas eleições.

Pesquise os gestores que constam na lista do TC-PR

Entre os que tiveram as contas rejeitadas, está o ex-prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi. Em três processos, o TC-PR julgou pela irregularidade da prestação de contas do político, em relação a transferências do município para a Associação dos Desportistas Amadores da cidade, à Associação de Proteção à Vida e à Casa Família Maria Porta do Céu.

As análises do órgão atingiram também os legislativos municipais. No total, 172 presidentes de câmaras municipais e 90 vereadores tiveram suas respectivas contas julgadas irregulares. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), gestores que presidiram as câmaras como a das cidades de Almirante Tamandaré, Campo Largo, Campo Magro, São José dos Pinhais, Colombo, Fazenda Rio Grande e Piraquara, entre outras, também tiveram as contas reprovadas. Além disso, 11 gestores que eram secretários municipais também foram condenados em julgamentos do TC-PR.

A lista do tribunal de contas têm 1.058 gestores, que podem se tornar inelegíveis. Além de políticos, a relação reúne presidentes de entidades, como Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e associações escolares, além de contadores e reitores de universidades públicas.

Outro lado

O advogado Júlio César Henrichs, que representa o ex-prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, disse que ingressou com uma ação anulatória, com pedido de tutela antecipada (uma espécie de liminar), com vistas a tornar nula a rejeição das contas do político. A expectativa do defensor é de que o julgamento do TCE seja revertido.

“O que o Tribunal alegou foram impropriedade, em caráter de formalidade, ou seja, pequenos documentos que não foram apresentados. Apenas isso”, disse o advogado.

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