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Richa (à esq.) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) | Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo
Richa (à esq.) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo

Com a presença de 14 dos 30 deputados federais do Paraná, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu no final da tarde desta segunda-feira (16) com o governador Beto Richa (PSDB), em Curitiba. Postulante à reeleição, na disputa marcada para a volta do recesso parlamentar, no dia 2 de fevereiro, Maia tem percorrido o país em busca de apoio para derrotar o Centrão na briga pelo comando da Casa.

Mais cedo, Maia esteve em São Paulo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e também com o presidente da Câmara de Vereadores da capital paulista. Com os vereadores, o parlamentar criticou a CLT e defendeu regime de urgência para a tramitação da reforma trabalhista. Na sequência, veio a Curitiba tentar garantir os votos do estado diante da ofensiva dos adversários. Na última quinta-feira (12), um dos pré-candidatos do Centrão, Jovair Arantes (PTB-GO), fez campanha na capital paranaense.

Mais do que formalidade, a visita de Maia a Richa é estratégica. Da bancada federal do estado, o tucano tem o apoio de 20 a 25 parlamentares.

Eleição é questão “política, não jurídica”

Ainda falando em “possibilidade de candidatura”, Maia rebateu a tese defendida por aliados de Jovair de adiar o pleito de 2 para 10 de fevereiro até que o Supremo Tribunal Federal (STF) diga se o carioca pode ou não disputar a reeleição. Apesar de a Constituição vedar essa hipótese, ele diz não se enquadrar na restrição por ter assumido um mandato-tampão em julho do ano passado, com a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Casa.

“A Câmara tem sido muito crítica quando o Supremo legisla e, mais uma vez, quer se fortalecer a Justiça. Tudo está sendo feito dentro das regras, até porque a Constituição é muito clara que a eleição da Mesa tem de acontecer antes da sessão inaugural do Congresso”, defendeu Maia ao fim da reunião com Richa e parte da bancada paranaense. “Portanto, a questão é politica, não jurídica. Por isso, estou aqui [no Paraná] arquitetando a construção de uma candidatura ampla e representativa da vontade da maioria da Casa, tanto da base quanto da oposição.”

Sobre um eventual novo mandato a partir do mês que vem, Maia disse que o próximo presidente da Câmara deve ter como lema a palavra “harmonia” para enfrentar uma agenda dura, sobretudo em relação à reforma da Previdência. “São medidas que vão reformar o estado e garantir a recuperação da economia, a geração de empregos e a melhoria da renda do trabalhador. Quando o Brasil aprovar essas reformas, vai se gerar uma sinalização de credibilidade para o mercado, vai entrar muito dinheiro no país e a taxa de juros vai cair”, projetou. “Precisamos mostrar ao cidadão que o Rio de Janeiro, o meu estado, gastou mais do que podia, sempre achando que o jeitinho resolveria. Se continuar do jeito que está, o contribuinte pode não receber a aposentadoria que pagou durante tantos anos.”

Presidente é cobrado por paranaense

“Cobramos isonomia do Maia. Tudo que for feito ao Rio de Janeiro tem de ser feito de forma equânime e igualitária em relação aos outros estados e municípios”, afirmou Luiz Carlos Hauly (PSDB). “Sobre as questões paranistas, cobramos especificamente que ele não se oponha à discussão sobre a redivisão do mar territorial.”

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