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Numa “Carta à Nação”, divulgada nesta quarta-feira (19), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e três entidades empresariais – as confederações nacionais do Transporte, da Indústria e da Saúde – afirmam que o país vive uma crise “ética, política e econômica”. Por isso, defendem que sejam adotadas medidas para melhorar o ambiente de negócios no país, como a desburocratização do processo produtivo, o investimento em infraestrutura e a aprovação de uma reforma tributária.

No viés político, a carta defende que as investigações dos casos de corrupção absolvam os inocentes e condenem os culpados. O documento prega a defesa da Constituição e não faz qualquer citação à presidente Dilma Rousseff – seja para apoiar o seu afastamento ou sugerir que a presidente faça uma mea culpa.

Ao ler a nota, o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho, afirmou que a história do país “julgará quem se opuser a contribuir para a não ocorrência do caos completo”.

A carta prega a união dos políticos nesse momento:

“Esperamos a sensibilidade dos políticos eleitos para a implementação de uma agenda que abra caminhos para a superação das crises e para a recuperação da confiança dos brasileiros... É preciso que as forças políticas, de diversas matizes, trabalhem para a correção dos rumos da Nação.”

O presidente da OAB disse também que o impeachment de Dilma Rousseff não está na pauta do fórum criado com as confederações. A entidade concluiu que, neste momento, não há qualquer fato que implique e envolva a presidente da República.

“O impeachment não está na nossa pauta, na pauta deste fórum, para que não seja captado pela disputa política no nosso país. Nossa pauta é outra, que o Brasil deve criar segurança jurídica e pensar numa saída. Lembro que a OAB já tem uma posição sobre o assunto e que, até o presente momento, não visualizou qualquer crime cometido pela presidente para ensejar seu afastamento.

O presidente da CNI, Robson Andrade, afirmou que a situação do país tem deixado a sociedade com pouca esperança e pouca expectativa em relação ao futuro.

“Hoje o pessimismo é generalizado porque não se tem dimensão real da crise. A situação do país tem deixado a sociedade com pouca esperança e pouca expectativa em relação ao futuro. A situação vai se reverter? Vai. Sabemos que o Brasil é maior do que a crise e vai sair dessa situação. Mas é preciso um ambiente de segurança jurídica. Não podemos dorir com uma situação e acordar com outra completamente diferente”, disse Andrade.

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