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Partidos políticos

Em Curitiba, Kassab diz que PSD vai apoiar governo Richa

Prefeito de São Paulo vem ao Paraná para articular adesões ao seu novo partido; Sciarra deverá presidir diretório regional

Kassab (ao centro), ladeado por deputados paranaenses Ney Leprevost e Eduardo Sciarra: partido deve ser “de centro” | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Kassab (ao centro), ladeado por deputados paranaenses Ney Leprevost e Eduardo Sciarra: partido deve ser “de centro” (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), esteve ontem em Curitiba para articular a fundação do Partido Social De­­­mo­­­crático (PSD) no estado. A nova legenda será oficialmente lançada na próxima quarta-feira em Brasília, mesmo sem ter um programa político ideológico definido. Na ocasião, os nomes dos integrantes do novo partido devem ser anunciados.

No Paraná, dois nomes já estão certos no PSD: o do deputado federal Eduardo Sciarra, que vai deixar o DEM para presidir o partido no estado, e o do ex-deputado federal Alceni Guerra. Outra questão que está quase acertada é que a nova legenda deve fazer parte da base aliada do governador Beto Richa (PSDB). "Os deputados federais e estaduais com os quais estamos conversando estão de alguma forma vinculados ao governador Beto Richa. Minha intuição diz que é natural e conveniente estarmos com o governador Beto Richa", disse Kassab, ontem, em Curitiba, antes de se reunir com políticos e lideranças para formular a criação do partido no estado.

No plano federal, o tom dado por Kassab é de independência. "O partido será formado por pessoas que estão na base do governo da presidente Dilma [Rousseff] e outros que estão na oposição. O partido nasce com independência entre os integrantes", disse o prefeito de São Paulo, para depois afirmar que o PSD será um partido "de centro". Kassab reafirmou que está descartada a possibilidade de fusão com o PSB ou com qualquer outro partido. "Vamos disputar as eleições com o nosso quadro próprio."

A decisão de não se unir com outra legenda foi um dos pontos determinantes para Sciarra deixar o DEM e assumir a presidência do PSD no Paraná. Outro fator que pesou é, nas palavras dele, a independência, autonomia e liberdade que terá no PSD – o que não tinha no DEM. Sciarra descartou qualquer atrito com o presidente do DEM no Paraná – deputado federal Abelardo Lupion. "Saio do DEM sem nenhum problema. Acompanho o grupo político com quem sempre tive afinidade", disse Sciarra, destacando a ida da senadora Kátia Abreu e do ex-deputado Indio da Costa para a nova legenda.

O futuro presidente do PSD no Paraná preferiu não adiantar novos integrantes, mas a presença de alguns políticos na reunião deu indícios de quem deve compor o PSD. O deputado estadual Ney Leprevost (PP) parecia o mais animado. "Estou 95% no PSD", disse.

Outro deputado presente na reunião era Stephanes Jr. (PMDB). O peemedebista, no entanto, afirmou que o PSD é a sua segunda opção. "Minha meta é ganhar a presidência do PMDB em Curi­­­tiba. Se não conseguir, vou para o PSD", disse.

Sobre uma eventual ida de Fruet para o PSD, Kassab adotou um discurso de cautela. "Gostaria muito de ter o Gustavo Fruet com a gente nessa caminhada. Fiz o convite pessoalmente. Mas agora caberá à executiva estadual tocar essa conversa", disse. Sciarra, por sua vez, saiu pela tangente. "Primeiro vamos constituir legalmente o partido e depois vamos falar em nomes.

Outros cotados para integrar o PSD são os irmãos Marcelo Ran­­gel (deputado estadual) e Sandro Alex (deputado federal), que sairiam do PPS; o ex-deputado federal Marcelo Almeida (PMDB); o secretário de Desenvol­­­vimento Urbano do Paraná, César Silvestri (PPS); e o deputado estadual Cézar Silvestri Filho.

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