Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Eleições 2014

Em Curitiba, Serra põe panos quentes na crítica ao PSDB

Depois de dizer que seu próprio partido tentava ser aceito pelo PT, paulista afirma que tucanos estarão unidos em 2014. E critica o governo petista

O tucano José Serra: Mais Médicos é “golpe publicitário” | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
O tucano José Serra: Mais Médicos é “golpe publicitário” (Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo)

Em visita a Curitiba para falar a empresários na Associação Comercial do Paraná (ACP), o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) procurou ontem pôr panos quentes na polêmica com Aécio Neves (PSDB) e disse que o partido estará unido em 2014. Na sexta-feira, Serra havia acusado o próprio partido tentar "ser aceito pelo PT". Ele também fez críticas indiretas ao senador mineiro – que vem adotando como bandeira temas que a população identifica como obra do PT (Aécio vem propondo, por exemplo, melhorias no Bolsa Família). Ontem, Serra disse que a crise interna é "fofoca desnecessária". Afirmou ainda que apenas falou "coisas do PSDB úteis para poder enfrentar o PT".

Serra também evitou comentar sobre suas pretensões para disputar em 2014 a Presidência pelo PSDB – que tende a lançar Aécio. O paulista se limitou a dizer que o partido estará unido qualquer que seja o candidato. Aécio ontem adotou o mesmo discurso. No Rio Grande do Sul, disse que os tucanos vão estar juntos para apresentar uma proposta ao país. Nos bastidores, especula-se que as declarações da semana passada de Serra foram uma resposta à pretensão de Aécio de antecipar a escolha dele como candidato à Presidência.

Críticas ao governo

Em sua palestra na ACP, Serra voltou a criticar o governo federal, batendo principalmente na falta de investimento em infraestrutura e apontando um suposto processo de desindustrialização do país – temas que já abordara na campanha eleitoral de 2010, quando foi candidato a presidente.

O ex-governador também criticou o projeto do trem-bala entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Para ele, o dinheiro a ser investido na obra – R$ 75 bilhões – seria melhor usado na construção de obras de mobilidade nas grandes cidades. Serra disse ainda que o Brasil foi "salvo pela incompetência do governo", já que a obra ainda não saiu do papel.

O tucano criticou também o programa Mais Médicos, que considerou um "golpe de natureza publicitária" porque não resolverá os problemas da saúde. Também condenou a permanência do Brasil no Mercosul – dizendo que deixar o bloco seria sua primeira atitude como presidente.

Afagos

Durante sua passagem por Curitiba, Serra também elogiou a gestão do governador Beto Richa, seu colega de partido, e criticou a relação do governo federal com o estado. "Tenho a lamentar os baixos investimentos federais [no Paraná]. Há programas federais que só estão fechados para o Paraná, que está sendo prejudicado. Isso é errado como princípio, do ponto de vista republicano, e também do ponto de vista econômico", disse.

Já Richa afirmou que Serra era um "motivo de orgulho" para o PSDB e que a existência de duas possíveis candidaturas à Presidência é um "problema bom" para o partido. Richa disse ainda que considera Aécio internamente mais forte no atual momento, mas que é cedo para escolher um candidato.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.