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Bancoop

Em notas, tesoureiro do PT e cooperativa ligada ao partido negam irregularidades

MP pediu quebra de sigilo de petista e bloqueio de contas da Bancoop

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e a diretoria da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), negaram na tarde deste sábado (6) por meio de notas irregularidades nas contas da cooperativa. As notas foram uma resposta ao pedido de quebra de sigilo bancário de Vaccari e do bloqueio de contas da cooperativa, feito pelo Ministério Público de São Paulo, conforme reportagem da revista "Veja" deste final de semana.

Segundo o promotor José Carlos Blat, Vaccari teria participado, quando era presidente da cooperativa, de um esquema de desvio de verbas para um suposto caixa dois do PT. Ele será o responsável pelas contas da campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República.

"O que chama a atenção é que na época que ele [Vaccari] era presidente da Bancoop, com dificuldades terríveis para pagar construtoras e cumprir as obras, foi entregue um cheque no valor de R$ 1,5 milhão a uma empresa de segurança. Também foram sacados R$ 31 milhões em cheques nominais à própria Bancoop na boca do caixa. A prática do saque é feita para dificultar o controle da conta corrente das empresas. É prática muito primária, mas é conhecida quando se quer ocultar", disse o promotor ao G1.

Em sua nota, Vaccari afirma que no período em que foi presidente da Bancoop, de 2005 até a semana passada, nunca foi acusado de cometer irregularidades. "Nunca houve nenhum tipo de acusação contra mim e não respondo a nenhum processo, civil ou criminal", diz o texto.

O tesoureiro do PT também diz que no período em que presida a cooperativa, sempre se colocou "à disposição das autoridades, agindo com total transparência, disponibilizando documentos e fazendo os esclarecimentos necessários à Promotoria e aos cooperados".

A Bancoop, por sua vez, diz em sua nota que "a matéria tem nítida finalidade política, já que não agrega praticamente nenhuma novidade às acusações que foram efetuadas no passado e devidamente rebatidas pela Bancoop". Segundo a nota, a "publicação com grande destaque se explica pela previsão de instalação dentro dos próximos dias de CPI sobre a Bancoop na Assembleia Legislativa de São Paulo, requerida ainda em 2008 pela bancada de deputados do PSDB".

A diretoria da cooperativa informa ainda que já havia adotado uma série de compromissos firmados com Ministério Público em 2008 em um Acordo Judicial em Ação Civil Pública com o objetivo de aprimorar a gestão. Entre os compromissos estavam "a realização de auditoria contábil por empresa independente", que, segundo a nota, vem sendo realizada desde 2005.

A Bancoop informa ainda que inquérito criminal instaurado em 2007 para apurar eventuais irregularidades "continua em andamento, sem que, até o presente momento, tenha sido promovida pelo Ministério Público qualquer medida judicial" e diz que o promotor José Carlos Blat buscou a imprensa "com o objetivo de fazer acusações políticas à cooperativa, como a de que 'a Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002".

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