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A Vigilância Sanitária de Minas Gerais (Visa-MG) interditou a Distribuidora Medic Minas, empresa com sede em Belo Horizonte que teria comercializado o Lidocaína. Na última sexta-feira, três pessoas morreram e outras 12 se sentiram mal após tomar o medicamento no hospital do município de Itagibá, sul do estado da Bahia. As 15 pessoas apresentaram dores de cabeça e tonturas uma hora depois de receber o anestésico.

Nesse sábado, com um mandado de busca e apreensão expedido pela justiça e acompanhados da polícia, agentes da Visa-MG procederam uma fiscalização no local onde funcionava a distribuidora e constataram que a mesma era clandestina. A Medic Minas não tinha alvará sanitário ou um responsável técnico e, além disso, seu contrato social definia a empresa como distribuidora de produtos para a saúde e não de medicamentos.

Segundo a Vigilância Sanitária, a Medic Minas comprava o Lidocaína de uma farmácia de manipulação, que seria proibida por lei de produzí-lo em escala industrial. Após a compra, a empresa trocava o rótulo do medicamento e o vendia em todo o Brasil. No local da fiscalização foram encontrados vários produtos, inclusive importados, todos sem registro no Ministério da Saúde.

Os responsáveis pela distribuidora irão responder a processo administrativo na legislação sanitária e processo criminal na justiça comum. Ainda segundo a Visa-MG, não é possível afirmar que apenas o uso do medicamento Lidocaína tenha causado as três mortes na Bahia.

A Lidocaína é um anestésico utilizado em procedimentos médicos para diminuir o desconforto e os reflexos do esôfago durante os exames de endoscopia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as Vigilâncias Sanitárias estaduais da Bahia e Minas Gerais estão analisando amostras do medicamento para apurar a causa das mortes. Qualquer relato de reações adversas por uso desses medicamentos devem ser notificados à agência pelo site www.anvisa.gov.br, no link eventos adversos.

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