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Sob suspeita

Empresário que ajudou a derrubar lei dá “carona” a prefeito de Londrina

Osvaldo Pitol, que liderou movimento para liberar grandes construções na cidade, viajou a Curitiba com o recém-empossado José Joaquim Ribeiro

Ribeiro não vê problemas em viajar a convite do empresário | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Ribeiro não vê problemas em viajar a convite do empresário (Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina)

O prefeito de Londrina, José Joaquim Ribeiro (PSC), viajou na semana passada a Curitiba a convite do empresário Osvaldo Pitol, que esteve na linha de frente para derrubar a lei que limitava a abertura de supermercados na área central da cidade. Ribeiro esteve em Curitiba para reuniões com o governador Beto Richa (PSDB) e a direção da Copel e viajou no avião do empresário Flávio Meneghetti — ele e Pitol são integrantes do Movimento Londrina Competitiva, contrário à limitação de construções na cidade. A aeronave foi emprestada por Meneghetti a Pitol. Além deles, viajaram o presidente da Câmara de Londrina, Gérson Araújo (PSDB), e o futuro presidente da Sercomtel, Kentaro Takahara.

Conhecida como Lei da Muralha, a legislação de 2006 vedava a abertura de supermercados com mais de 1,5 mil metros quadrados e lojas de materiais de construção com mais de 500 metros quadrados entre a PR-445 e a Avenida Henrique Mansano. Pitol foi um dos líderes do movimento para derrubada da lei. No dia 3 de julho, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto que liberava as grandes construções.

Ribeiro, que assumiu a prefeitura no dia 1º deste mês no lugar de Barbosa Neto, que teve o mandato cassado, já anunciou que Pitol será presidente do conselho da Sercomtel — ele e Takahara tomam posse na quinta-feira. O empresário disse que decidiu a viagem junto com Takahara, já que a Copel é sócia da prefeitura de Londrina na Sercomtel.

"Eu e o Kentaro decidimos convidar o prefeito e o presidente da Câmara", disse. Segundo ele, não há "interesse empresarial" na relação com a prefeitura. "Onde é que o empresário vai tirar benefício? Vou ter benefício porque moro em Londrina".

O futuro presidente da Sercomtel disse que a viagem ficaria "muito cara" se fosse feita no avião de Pitol. "O avião é do Flavio Meneghetti. Ele cedeu o avião porque o avião do Pitol gastava muito mais, ficaria mais caro".

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