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O presidente de Israel, Shimon Peres, disse nesta quinta-feira (12), ao participar de uma cerimônia na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que não acredita que o acordo comercial entre o Mercosul e Israel vá ser prejudicado com a possível entrada da Venezuela no bloco. As relações de Israel com a Venezuela, estão estremecidas desde o conflito na Faixa de Gaza entre palestinos e israelenses, quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, criticou duramente as ações das forças armadas israelenses.

Segundo Peres, o Mercosul não deverá adotar as iniciativas de Chávez. "Acredito que ele é que terá que adotar a política do Mercosul que é uma política de cooperação e não uma política de ódio". Peres disse estar muito satisfeito com o Brasil por ter aberto o Mercosul para Israel e reitereou que Chávez deve "chegar a um acordo mundial, porque o mundo não vai seguir o seu exemplo".

O chefe de estado israelense ainda comentou, de forma bem-humorada, os problemas energéticos venezuelanos. "Sei que Hugo Chávez é um homem muito especial. Aliás, há um ponto em que concordo com ele. Como, por exemplo, que você não deve pensar quando está tomando banho, porque gasta água".

Peres também voltou a fazer críticas ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que teria financiado o Hesbolah. Em sua opinião, "uma organização terrorista", que dividiu a Autoridade Palestina. Mas acrescentou que, embora considere Ahmadinejad, um líder "que não tem mensagem positiva para o futuro, Israel deveria tentar um acordo de paz com o Irã".

No final de sua entrevistas aos jornalistas, o presidente de Israel afirmou que o Brasil pode ajudar nos acordos de paz no Oriente Médio. "O Brasil tem hoje uma voz especial que é respeitada em todo o mundo". Depois do evento na Fiesp, Peres irá receber uma homenagem no Clube Hebraica, em São Paulo.

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