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Justus e Curi: deputados são alvo de denúncias criminais do Ministério Público. | Albari Rosa/Gazeta do Povo/Arquivo
Justus e Curi: deputados são alvo de denúncias criminais do Ministério Público.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo/Arquivo

Há exatamente cinco anos, em 15 de março de 2010, a Gazeta do Povo e a RPC começavam a divulgar a série de reportagens Diários Secretos, que revelou um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa do Paraná. Desde então, 14 pessoas envolvidas foram condenadas em função das denúncias. Das dez ações criminais propostas pelo Ministério Público Estadual (MP), oito têm sentença e outras duas estão concluídas.

A série mostrou que dinheiro da Assembleia era desviado por meio da contratação de funcionários fantasmas. A nomeação dos servidores era feita por meio de Diários Oficiais que ficavam ocultos – o que impedia que a sociedade pudesse fiscalizar o cumprimento da jornada dos servidores.

Políticos

Recentemente, o MP também apresentou denúncias criminais contra o deputado e ex-presidente da Assembleia Nelson Justus (DEM) e outras 31 pessoas ligadas ao gabinete dele. A revelação dos diários secretos da Assembleia também permitiu que o MP investigasse e denunciasse à Justiça, na semana que passou, o deputado e ex-primeiro-secretário da Assembleia Alexandre Curi (PMDB), o ex-diretor-geral do Legislativo Abib Miguel (o Bibinho) e o ex-secretário estadual de Comunicação Fábio Campana. Eles são acusados de uso irregular de verba pública.

Avançou, mas podia ser melhor

A revelação do esquema de corrupção dos Diários Secretos provocou uma série de mudanças positivas na Assembleia. Mas, cinco anos depois, o Legislativo ainda precisa avançar mais.

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Há ainda outras dez ações cíveis que citam, além de Justus e Curi, o deputado Nereu Moura (PMDB) e o ex-deputado Hermas Brandão.

Anulação

Bibinho, acusado de ser um dos mentores do esquema, chegou a ser condenado em dois processos penais, somando pena de quase 38 anos de prisão. Porém, as condenações foram anuladas. A decisão, do início do mês, é do Tribunal de Justiça do Paraná, que entendeu que houve cerceamento de defesa. Os processos voltaram, então, para a primeira instância, para que o ex-diretor seja ouvido.

Bibinho foi preso novamente em novembro do ano passado, flagrado no aeroporto de Brasília no momento em que recebia uma mala com R$ 70 mil. Como os bens dele estão bloqueados, o dinheiro teria vindo de “laranjas”. Assim, os processos contra ele devem ter uma tramitação mais rápida. Em tese, não deve demorar muito para que o caso seja avaliado em primeira e segunda instâncias.

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