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O funcionário da primeira secretaria Juliano Campelo tira a impressão digital  de servidora para o recadastramento na Assembleia: não se sabe quantos comissionados serão recontratados | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
O funcionário da primeira secretaria Juliano Campelo tira a impressão digital de servidora para o recadastramento na Assembleia: não se sabe quantos comissionados serão recontratados| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

A Assembleia Legislativa do Paraná demitiu ontem todos os 1.941 funcionários que ocupavam cargos em comissão no órgão. A partir de segunda-feira, a Assembleia começa a recontratar os diretores e, na terça-feira, os servidores que passaram pelo recadastramento. De acordo com a Diretoria de Comunicação da Casa, 1.860 comissionados fizeram o recadastramento, mas nem todos serão readmitidos – o número exato não foi divulgado.

Um dos primeiros a ser recontratado será o atual diretor-geral da Casa de Leis, Eron Abboud, que não é concursado. Ele passou a ocupar o cargo depois do afastamento de Abib Miguel, que está preso acusado de formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro. As mesmas acusações pesam contra os ex-diretores José Ary Nassiff (administrativo) e Cláudio Marques da Silva (Recursos Humanos).

A Diretoria de Comunicação explicou que cada deputado terá de encaminhar um ofício à diretoria-geral listando os funcionários que vão trabalhar no gabinete. Esses servidores terão de se apresentar pessoalmente e entregar uma série de documentos – medidas que têm o objetivo de extirpar funcionários fantasmas do quadro de pessoal da Assembleia. Para voltar a trabalhar no Legislativo, o servidor não pode ter nenhum grau de parentesco com deputados, ou pessoas que exercem cargos de chefia. Além disso, terá de cumprir carga horária de oitos horas diárias. Dessa forma, aqueles que têm dois empregos terão de escolher se ficam na Assembleia ou não.

Pelo novo plano de cargos, que está em vigor desde março, cada deputado poderá contar com até 23 funcionários comissionados. A primeira-secretaria terá até 14 comissionados e a presidência, 15. A Gazeta do Povo e a RPCTV revelaram, com base em 700 diários oficiais de 2006 a março de 2009, que a primeira-secretaria dispunha de pelo menos 125 funcionários. O gabinete da presidência possuia 73.

As exonerações fazem parte da principal medida moralizadora adotada pelo presidente Nelson Justus (DEM) em resposta às denúncias de irregularidades na Assembleia apresentadas na série "Diários Secretos. Diante dos casos de funcionários fantasmas e laranjas, que estavam sendo usados num esquema de desvio de dinheiro público, Justus anunciou o recadastramento de todos os servidores da Casa.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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