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Justiça prorroga prisão temporária de ex-diretores da Assembleia

Em coletiva, procurador de Justiça disse que documentos comprovam que dinheiro desviado da Assembleia foi parar na fazenda do ex-diretor geral

Veja quem são os ocupantes da Mesa Executiva atualmente |
Veja quem são os ocupantes da Mesa Executiva atualmente (Foto: )

A Justiça Estadual prorrogou, na tarde desta quarta-feira (28), a prisão temporária dos três ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná (AL), detidos desde a manhã de sábado (24) quando foi deflagrada a Operação Ectoplasma I. Abib Miguel (diretor-geral), José Ary Nassiff (Administrativo) e Cláudio Marques da Silva (Pessoal) são investigados pelo Ministério Publico do Paraná (MP-PR) por suspeita de desvio de dinheiro e falsificação de documentos.

Também foi prorrogada a prisão temporária do servidor João Leal de Matos, suspeito de utilizar documentos pessoais de familiares para empregá-los no Legislativo. Os quatro suspeitos devem ficar presos por mais cinco dias. O pedido de prorrogação foi feito pelo MP-PR na tarde de terça-feira (27).

Dos 10 presos pela Operação Ectoplasma I, dois foram soltos ainda na noite de sábado, a pedido do próprio Ministério Público, depois de prestar declarações aos promotores. Uma pessoa foi solta na terça-feira (27), após obter habeas corpus na Justiça. As outras três foram liberadas nesta quarta, após o final da temporária. Em relação a elas, o MP-PR não pediu prorrogação de prazo.

Em coletiva de imprensa, o procurador de Justiça Leonir Batisti, coordenador estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), afirmou que documentos comprovam que dinheiro desviado da Assembleia foi parar nas contas da Fazenda Isabel, de Abib Miguel. A propriedade de 6 mil hectares, na cidade de São João d’Aliança, em Goiás, está avaliada em R$ 50 milhões. Os documentos foram apreendidos na casa de Abib Miguel pelo Gaeco.

Mesa Executiva

Também na terça-feira, o MP-PR abriu um inquérito para investigar a contratação dos servidores lotados na Mesa Executiva da Assembleia nos últimos 10 anos. Os promotores vão apurar a existência de funcionários fantasmas, o uso de servidores públicos para interesses políticos eleitorais e se agentes políticos foram empregados na Mesa Executiva da Casa.

Serão alvo da investigação os deputados que ocuparam a 1.ª, 2.ª e 3.ª vice-presidências e as 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª secretarias desde 2000. As investigações devem atingir pelo menos 30 parlamentares e ex-deputados que passaram por um dos cargos de comando da Assembleia nos últimos anos.

Atualmente a Mesa Executiva é formada por deputados de oito partidos, são eles: Antonio Anibelli (DEM) - 1° vice-presidente -, Augustinho Zucchi (PDT) - 2° vice-presidente -, Felipe Lucas (PPS) - 3° vice-presidente, Alexandre Curi (PMDB) - 1° secretário, Valdir Rossoni (PSDB) - 2° secretário, Elton Welter (PT) - 3° secretário, Cida Borghetti (PP) - 4º secretário, Edson Praczyk (PRB) - 5º secretário.

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