• Carregando...
“Por todos os títulos é um Ministério Público subserviente aos demais poderes do Centro Cívico e que prejulga imunes a qualquer investigação o Presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Nelson Justus e o ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, hoje Presidente do Tribunal de Contas, Hermas Brandão”, Fuad Faraj, promotor de Justiça | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
“Por todos os títulos é um Ministério Público subserviente aos demais poderes do Centro Cívico e que prejulga imunes a qualquer investigação o Presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Nelson Justus e o ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, hoje Presidente do Tribunal de Contas, Hermas Brandão”, Fuad Faraj, promotor de Justiça| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

O promotor de Justiça Fuad Faraj voltou ontem a criticar o Ministério Público (MP) do Paraná. Ele classificou a instituição de "subserviente" e de proteger o presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus, e o presidente do Tribunal de Contas (TC) e ex-presidente do Legislativo, Hermas Brandão. As afirmações foram feitas em ofício encaminhado à Corregedoria do MP, que havia intimado Faraj a explicar a denúncia sobre a existência de uma rede de "solidariedade" envolvendo integrantes de vários poderes feita à RPCTV no dia 26 de março.

As declarações do promotor teriam levado o procurador-geral de Justiça do estado, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, a não designar integrantes do MP para participar da Comissão de Sindicância da Assembleia que investiga as denúncias trazidas a público pela série de reportagens "Diários Secretos" da Gaze­­ta do Povo e RPCTV.

No ofício enviado ontem à Cor­­­regedoria, Fuad chamou de "acanhada" a atuação de Sotto Maior nos casos de nepotismo dentro da Assembleia Legislativa. O promotor cobrou ainda explicações do atual corregedor, Moacir Gonçalves Nogueira Neto, sobre a suposta subserviência do MP. Nogueira exerceu a função de fiscalizar o Legislativo antes de chegar ao atual cargo. "Citei fatos que atribuo sua gênese e evolução à cultura da rede de cumplicidade e à ideologia do pacto entre as elites do Centro Cívico. Explique-me, por favor, vossa excelência, que chegou recentemente a coordenar o Centro de Apoio das Pro­motorias de Proteção ao Patrimônio Público, que outra expressão poderia ter usado na entrevista que dei para explicar, por exemplo, os fatos acima narrados?"

O subcorregedor-geral do MP, Geraldo da Rocha Santos, informou que a Corregedoria recebeu ontem o ofício de Fuad e que o conteúdo será analisado, mas não é possível definir quais medidas serão tomadas a partir do documento.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]