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Roma - Os deputados italianos vão começar a votar hoje uma nova moção pedindo a extradição de Cesare Battisti. Esse deve ser o último apelo a ser feito pela Itália ao Brasil para que o ex-ativista de esquerda seja entregue. Ainda nesta semana, o Parlamento Europeu também vai votar um texto com o mesmo conteúdo. As autoridades italianas dizem que, se essas iniciativas não surtirem efeito, partirão para o recurso ao Tribunal Internacional de Haia.

Muitas moções foram apresentadas ontem no Palácio de Montecitorio, sede da Câmara italiana. Segundo o deputado Fabio Porta, do Partido Democrático (PD) – eleito pelos italianos que moram no Brasil – a intenção é unificar todos os textos apresentados. "Também estamos trabalhando para que o Senado vote o mesmo texto. O que queremos mostrar é a unanimidade italiana neste pedido de extradição", afirmou ele, que pertence ao PD, o Partido Democrático, de esquerda, que faz oposição ao governo do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi.

Laços de solidariedade

Na Câmara italiana, o subsecretário das Relações Exteriores Enzo Scotti enfatizou as ligações entre Brasil e Itália. Ele iniciou seu discurso manifestando condolências às famílias das vítimas dos deslizamentos e enchentes ocorridos no Rio de Janeiro. "Quero transmitir nossa solidariedade a um povo amigo, com laços humanos, culturais e políticos muito fortes", afirmou. "E, em nome desse grande laço que nos une, devemos exprimir nossa discordância com a decisão de não extraditar, nas bases de um tratado binacional, um cidadão italiano culpado de graves crimes de sangue e condenado pelos tribunais italianos em plena observância das garantias constitucionais", acrescentou.

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