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Royalties

Estados produtores de petróleo têm de ceder, diz Mantega

“Nós estamos num processo de reconstrução de um consenso para elaboração de uma nova lei que possa satisfazer todas as partes, o que não é fácil pois há conflito entre estados produtores e não produtores.” Guido Mantega, ministro da Fazenda | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
“Nós estamos num processo de reconstrução de um consenso para elaboração de uma nova lei que possa satisfazer todas as partes, o que não é fácil pois há conflito entre estados produtores e não produtores.” Guido Mantega, ministro da Fazenda (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que os estados produtores de petróleo devem ceder parte de suas receitas com os royalties do pré-sal em favor dos estados não produtores. Mantega confirmou que a União está disposta a abrir mão de parte dos seus ganhos.

"Nós estamos num processo de reconstrução de um consenso para elaboração de uma nova lei que possa satisfazer todas as partes, o que não é fácil pois há conflito entre estados produtores e não produtores. Cada um tem que ceder um pouco. A União vai ceder um pouco e estados produtores têm que ceder um pouco também", declarou Mantega.

Segundo o ministro, o governo está conseguindo chegar a uma solução que seja "satisfatória" para a partilha dos royalties do pré-sal.

A proposta do governo tira 10% da parcela da União nos royalties. Dessa forma, ela cairia de 30% para 20% a partir de 2012 nos campos já licitados pelo sistema de concessão localizados no mar.

Já os estados produtores teriam uma redução bem menor, de 26,25% para 25%. No caso dos municípios produtores, a participação deles cairia de 26,25% para 18% em 2012, com mais quedas nos anos seguintes, fechando 2020 em 6%. Em valores, perderiam R$ 1,165 bilhão em 2012.

Crítica

O governo do Rio de Janeiro divulgou nota ontem em que critica qualquer mudança na distribuição de royalties de campos de petróleo já licitados pelo sistema de concessão.

Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse ontem que o maior entrave para um acordo sobre a partilha dos royalties do pré-sal são os municípios produtores.

"O que não está adequado é em relação aos municípios produtores. A União abriu mão de um porcentual. Os estados estão abrindo mão de um porcentual e os municípios precisam ajustar, porque está pesado", disse Casagrande.

Segundo Casagrande, se a contribuição dos municípios produtores for ajustada, é possível chegar a um entendimento sem levar a questão ao Supremo Tribunal Federal.

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