A Comissão Pastoral da Terra divulgou, nesta segunda-feira (16), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, dados da violência no campo referente ao último ano. Em 2006, aumentou o número de mortes e de tentativas de assassinatos entre trabalhadores rurais.
No ano passado, 39 pessoas foram assassinadas no campo, uma a mais do que em 2005. As tentativas de assassinatos, no entanto, cresceram 176,92% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o número de ameaças de morte registradas caiu para 207, o que representa uma queda de 22%, se comparado às 266 ameaças denunciadas há dois anos.
No ano passado, foram contabilizadas 1.212 ocorrências de conflitos relacionados à terra. Mais de 140 mil famílias estão envolvidas nesses conflitos. De todos os estados brasileiros, o Pará continua sendo o mais violento.
A Comissão Pastoral da Terra alerta também para o surgimento de novos conflitos envolvendo comunidades ribeirinhas, quilombolas e grupos de mulheres. Eles representaram 20% dos envolvidos nesse tipo de violência no ano passado.



