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Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, chega para depor na tarde desta terça-feira (3) | Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, chega para depor na tarde desta terça-feira (3)| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo

A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef Meire Poza depôs por cerca de uma hora e meia na Justiça Federal de Curitiba nesta terça-feira (3). Ela foi a primeira testemunha de acusação ouvida na segunda audiência referente à ação penal contra os executivos da Engevix.

Meire falou sobre a emissão de notas fiscais da GFD Investimentos, empresa de fachada usada por Youssef no esquema, para a Engevix. "Não tinha prestação de serviços. Ela [GFD] fazia a administração de hotéis, mas o tipo de serviços que foram descritos nas notas emitidas para as empreiteiras não foram prestados", disse a contadora. "As notas comprovam que as empreiteiras por algum motivo deviam algum valor para o Aberto [Youssef]", completou Meire.

Segundo ela, foram emitidas dez notas fiscais da GFD para a Engevix, no total de R$ 2,13 milhões. Meire afirmou que também emitiu notas em nome da GFD para as empresas Sanko Sider e Mendes Junior e negou que as empresas fossem coagidas. "Isso era tudo sempre muito bem conversado", disse.

Outros depoimentos

A audiência na Justiça Federal continuou com as oitavas da ex-gerente da Petrobras Venina Velosa Fonseca e do delator Augusto Mendonça. Neste momento está sendo ouvido Júlio Camargo, da Toyo Setal. Essa é a segunda bateria de depoimentos referentes à sétima fase da Operação Lava Jato.

Até o dia 13 de fevereiro devem acontecer cerca de 40 oitavas de testemunhas de acusação. Ontem foram ouvidos o delegado da Polícia Federal Márcio Anselmo e os delatores Júlio Camargo e Augusto Mendonça, da Toyo Setal na ação penal contra os executivos da Camargo Corrêa e da UTC.

Youssef x Meirelles

Ao chegar para a audiência, o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto, disse que vai desmascarar Leonardo Meirelles, que afirmou que o doleiro ocultou patrimônio do Ministério Público Federal (MPF) ao firmar o acordo de delação premiada.

"Nós vamos provar isso [que ele está mentindo] hoje na audiência", disse Basto. "A colaboração do meu cliente é a base de sustentação de toda a operação. Acho que quem está falando isso tem interesse em desestabilizar a operação".

Basto afirmou que, se necessário, vai pedir uma acareação entre o doleiro e o empresário.

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