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OPERAÇÃO LAVA JATO

Ex-diretor da Petrobras será solto até segunda

MPF já deu parecer favorável à prisão domiciliar de Paulo Roberto Costa, que confessou ter recebido US$ 23 milhões de uma empreiteira

Costa aceitou fazer a delação premiada após saber que suas filhas poderiam ser presas | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Costa aceitou fazer a delação premiada após saber que suas filhas poderiam ser presas (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

O ex-diretor de Abasteci­­mento da Petrobras Paulo Roberto Costa deve ser solto até segunda-feira e usará tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar no Rio de Janeiro. Antes de ser preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), em março, Costa morava no Rio com sua família. Ele está preso na superintendência da PF em Curitiba.

A decisão sobre a liberação caberá ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Com o endosso da PF, o Ministério Público Federal (MPF) já emitiu parecer favorável à prisão domiciliar de Costa, alvo central da Operação Lava Jato.

O MPF emitiu parecer favorável à prisão domiciliar após a série de depoimentos que ele prestou depois de fazer acordo de delação premiada. Em um desses 100 depoimentos, o ex-diretor confessou ter recebido US$ 23 milhões de uma empreiteira no exterior para facilitar contratos da empresa com a Petrobras.

Costa foi preso pela segunda vez em junho deste ano, após as autoridades suíças enviarem ao Brasil informações de que os US$ 23 milhões estão em contas naquele país. Ele fez o acordo no último dia 29, após saber que a PF poderia prender suas filhas.

O ex-diretor disse ainda que recebeu US$ 1,5 milhão (quase R$ 3,6 milhões) para "não atrapalhar" a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio resultou em um prejuízo estimado de US$ 530 milhões à Petrobras. Costa também concordou em devolver os US$ 23 milhões e que desde junho estão bloqueados em contas bancárias na Suíça.

Tornozeleira

A tornozeleira para monitoramento eletrônico que será usada por Costa é uma das 50 que serão cedidas pelo governo do Paraná ao governo federal. O termo de cooperação técnica entre o governo do estado, a Secretaria da Justiça do Paraná (Seju), a Justiça Federal e a PF foi assinado ontem no Palácio Iguaçu, em Curitiba. Os equipamentos fazem parte de um lote de 5 mil tornozeleiras eletrônicas que a Secretaria da Justiça do Paraná adquiriu neste mês para o monitoramento de presos paranaenses nos regimes aberto e semiaberto. Os equipamentos foram adquiridos da empresa Spacecom.

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