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Morreu na manhã desta quarta-feira (8), em Manaus (AM), o ex-governador do Acre Orleir Messias Cameli, 64, de complicações cardíacas decorrentes de um câncer no intestino. Cameli morreu na casa da família, segundo a assessoria do deputado federal Gladson Cameli (PP-AC), sobrinho do ex-governador. O corpo será transportado para Cruzeiro do Sul (AC), cidade natal de Cameli, onde será sepultado nesta quinta-feira (9).

Em nota de pesar, o governador do Acre, Tião Viana (PT), decretou luto oficial de três dias pela morte do ex-governador.Empresário do ramo da construção civil, Cameli foi governador do Acre de 1995 a 1999 pelo PFL (atual DEM). Suas empresas foram responsáveis pelas construções de rodovias federais no norte do país.

Cameli ganhou notoriedade nacional em 1997, ano em que a Câmara votou a emenda constitucional que tornou possível a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. Na ocasião, a Folha de S.Paulo revelou que deputados federais venderam seus votos a favor da emenda da reeleição, por R$ 200 mil cada.

Segundo a reportagem, venderam os votos os ex-deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos ex-PFL do Acre. Em gravações obtidas pela Folha de S.Paulo, Santiago disse que Cameli e o ex-governador Amazonino Mendes (PDT-AM) teriam sido os compradores. A operação seria patrocinada pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP).

Na ocasião, a Câmara inocentou os deputados no processo de cassação de seus mandatos por falta de provas. No âmbito da Justiça Eleitoral tramita um processo, mas as informações são sigilosas. Em todas as reportagens que concedeu sobre o caso Cameli negou participação na compra de votos.

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