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crise política

Ex-presidente FHC defende impeachment de Dilma pela primeira vez

 | Tânia Rêgo/Agência Brasil
(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defendeu pela primeira vez o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em entrevista publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo neste sábado (19).

FHC disse que entendia que a melhor saída para a crise política e econômica enfrentada pelo país seria a renúncia de Dilma, mas mudou de posição.

“Eu fui passo a passo. Cheguei a defender que ela tivesse um gesto de grandeza e renunciasse. Eu sempre procurei ter uma atitude serena em relação a esses processos políticos e especialmente em relação à presidente Dilma. Dificilmente você vai ver uma palavra agressiva minha em relação à presidente Dilma. Não apenas pela consideração institucional, mas também pessoal”, afirmou.

“Mas, com a incapacidade que se nota hoje de o governo funcionar, de ela resistir e fazer o governo funcionar, eu acho que agora o caminho é o impeachment. Se eu bem entendi o que as ruas gritaram, foi isso. As ruas gritaram renúncia, fim, impeachment.”

O ex-presidente tucano disse que o impeachment não deverá levar a uma ruptura institucional no país. Segundo FHC, “as instituições brasileiras estão mais sólidas do que estavam no impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Não há temor de um retrocesso institucional. Tudo na política depende não apenas das circunstâncias, mas da capacidade de condução do processo”.

“No caso do impeachment, o natural é que assuma o vice, o Michel Temer. Vai depender dele e das forças que ele for capaz de juntar. O país quer a continuidade da Lava Jato, soluções para as questões econômicas prementes, respeito à institucionalidade”, completou.

O tucano ainda criticou duramente o ex-presidente Lula. “Você ver o Lula enterrar a própria história? Isso me dá tristeza. Eu não comemoro esse fato, bem ou mal o Lula teve um papel no Brasil. As palavras que ele usa no depoimento à Polícia Federal, a negativa sobre qualquer responsabilidade sobre qualquer coisa. O Brasil está precisando do contrário disso.”

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