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A defesa de Breno Fischberg, ex-sócio da corretora Bônus-Banval, focou sua exposição no Supremo Tribunal Federal (STF) em negar qualquer vínculo dele com o publicitário Marcos Valério. O advogado Guilherme Alfredo de Moraes Nostre destacou que Valério desmentiu em juízo que conhecesse Fischberg, retificando declaração dada antes à Polícia Federal. A sessão desta sexta-feira não conta com a presença do ministro Marco Aurélio Mello, que está ausente por já ter assumido antes outro compromisso.

"Marcos Valério desmentiu em juízo, no interrogatório. Disse que não conhece o denunciado Breno Fischberg, tendo em uma única oportunidade o visto na corretora. Não era seu interlocutor", afirmou o advogado.

Ele ressaltou que o desmentido derruba a afirmação feita pelo Ministério Público na época da denúncia de que o ex-sócio seria interlocutor de Valério. Observou que nas alegações finais a Procuradoria-Geral da República passou a atribuir o vínculo ao fato de funcionários da corretora terem sacado recursos no Banco Rural de contas das agências do publicitário. O advogado afirmou que em depoimento nenhum desses funcionários ligou Breno aos saques.

A Bônus-Banval teria sido utilizada para repassar dinheiro do esquema a políticos do PP. Para a defesa, não havia como o sócio saber que as transações eram ilícitas. "Como poderia Breno, que não conhecia Marcos Valério, desconfiar que aqueles recursos serviriam para hipotético sistema criminoso de compra de votos?" questionou.

Ele classificou como "insignificante" a posição de seu cliente em relação ao esquema. Afirmou que a empresa de sua propriedade movimentava R$ 2,5 milhões por dia e tinha mais de 2 mil clientes. Disse ainda que Fischberg teve a vida profissional "aniquilada" por figurar como réu no processo.

Assim como na defesa do outro sócio, Enivaldo Quadrado, não houve menção ao fato de que a filha do ex-tesoureito do PP José Janene (PR) chegou a fazer estágio na corretora.

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