A Executiva do PDT vai se reunir no próximo domingo para aprovar documento determinando que os candidatos do partido à presidência da República e aos governos estaduais defendam a manutenção dos direitos garantidos pela Consolidação da Legislação Trabalhista (CLT) e a vinculação do menor benefício da Previdência Social ao valor do salário-mínimo.
O documento está sendo preparado pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, e pelo líder do partido na Câmara, Miro Teixeira (RJ), e sua aprovação tem o objetivo de consolidar a candidatura do senador Cristovam Buarque (DF) ao Palácio do Planalto na convenção de segunda-feira. Um grupo de parlamentares do PDT tenta impedir a candidatura presidencial própria do partido.
- Há dois tipos de preocupações no partido com a candidatura própria. A das coligações nos estados e a programática. Com esse documento a questão programática estará resolvida - disse Miro Teixeira.
A questão da candidatura própria divide a bancada de deputados na Câmara: dez deputados são contra e dez a favor. No Senado, três senadores são contra. Neste caso a resistência decorre da limitação às coligações nos estados. Mesmo assim a candidatura deve prevalecer porque essa é a posição da esmagadora maioria dos Diretórios regionais do partido.
A situação de Cristovam deve melhorar com a aprovação do documento, pois uma parcela da oposição à sua candidatura se deve ao apoio que ele dá às teses da reforma trabalhista e da reforma da Previdência do setor público, tanto no governo Fernando Henrique como no de Lula. Se ele adotar as propostas do partido muitas restrições vão se dissipar, acreditam os dirigentes.
- O PDT vai se colocar contra as reformas trabalhistas e da Previdência, de inspiração neoliberal. Mais do que isso, o partido vai cobrar que os outros candidatos assumam posições sobre estes temas - afirmou Miro que acredita na confirmação da candidatura do senador segunda-feira.



