O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira (13) que a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart é uma situação "simbólica" para o Brasil.
Cardozo chegou por volta das 8h30 ao cemitério onde o corpo está sendo exumado, em São Borja (a 581 km de Porto Alegre)."É um momento crucial, simbolicamente muito importante para o povo brasileiro. O fato de os restos mortais serem recebidos com honras de chefe de Estado marca um momento muito importante", falou.
Os restos mortais serão levados na manhã de quinta-feira (14) para Brasília, onde o presidente deposto pelo golpe militar de 1964 será homenageado pela presidente Dilma Rousseff.
Cardozo afirmou que, caso o envenenamento seja comprovado, o governo ainda vai avaliar que medidas poderão ser tomadas. O ministro se mostrou otimista sobre as chances de um exame conclusivo. "Técnicas modernas podem revelar resultados e levar a conclusões. Vamos deixar os peritos trabalharem e oxalá consigam demonstrar a verdade.
Custos
Cardozo chegou acompanhado da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos). Ela afirmou que Goulart representa "a retomada do Estado democrático".
Sobre críticas à mobilização política prevista para a exumação, disse que a investigação é uma "missão de Estado", humanitária, cumprida com total isenção.
Questionada por um jornalista sobre as despesas da exumação, disse: "Custa menos do que uma ditadura, porque essa custou vidas, exílio, significou a morte. Estamos valorizando a democracia".
