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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, deixaram por volta das 16h desta terça-feira (29) a reunião na qual discutiam com líderes do DEM a indicação do senador tucano Alvaro Dias (PSDB) como vice na chapa de José Serra. De acordo com eles, a reunião não chegou a um consenso e novo encontro deve ser realizado ainda nesta terça. "Estou otimista, a conversa começou ontem (segunda-feira), continuou hoje (terça-feira) e vai continuar", disse Guerra.

O encontro no Hotel Emiliano, em São Paulo, contou com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), o deputado federal e vice-presidente nacional do partido, Paulo Bornhausen (DEM-SC) e senador José Agripino (DEM-RN). Além de FHC e Guerra, estiveram no encontro Aluysio Nunes, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) e o deputado João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara dos Deputados.

O ex-presidente FHC disse que é preciso dar "tempo ao tempo". Questionado se o DEM estará com o PSDB, ele se disse otimista. "Sempre estiveram, porque não vão estar agora?", afirmou. Ao ser perguntado se tinha certeza da adesão na aliança, ele reforçou a impressão de esperança no acordo. "Certeza nunca pode dizer que sim, mas estou otimista"

FHC descartou ser um dos articuladores da paz entre os partidos e disse que foi ao encontro apenas para se informar do andamento das conversas. "O importante é cada um entender que o que está em jogo não são pessoas, é o processo histórico", disse o ex-presidente.

Espera

Os partidos que formam a bancada de apoio a candidata do PT à presidência, Dilma Roussef, no Paraná, aguardam com ansiedade a confirmação ou não de Alvaro Dias como vice de José Serra. Isso porque a decisão dos tucanos será fundamental para o senador Osmar Dias (PDT) decidir se será candidato ao governo em uma grande aliança com PT e PMDB.

Caso Alvaro seja mesmo o vice de Serra, o irmão dele, Osmar Dias, já afirmou que é muito improvável a sua candidatura, pois o pedetista não quer disputar as eleições em lado oposto ao do irmão. Neste caso, Osmar seria candidato a reeleição no Senado em uma chapa independente.

Questionado se a ligação entre sua indicação a vice-presidente e a retirada da candidatura de seu irmão ao governo paranaense não seria uma chantagem, Alvaro Dias afirmou que não existe essa vinculação. "O senador Sérgio Guerra (presidente nacional do PSDB) deixou isso muito claro. Não era uma decisão do Paraná, e sim uma decisão nacional. Não há essa vinculação", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Já Osmar Dias declarou estar cansado de indefinições. "Tem que decidir, porque não se aguenta mais isso. Eu, principalmente, estou desgastado demais com esse troço", desabafou o pedetista.

Os diretórios paranaenses de PMDB e PT aguardam a decisão de Osmar e deixaram o anúncio da confirmação das coligações nas eleições majoritárias para quarta-feira (30), data final permitida pela legislação eleitoral.

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