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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso classificou hoje o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz de "escutador geral da República", ao comentar reportagem de capa da revista Veja. A matéria informa que o delegado, que esteve no comando da operação Satiagraha, espionou ilegalmente a vida de várias autoridades, dentre elas o próprio FHC, o governador paulista José Serra (PSDB), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, senadores, deputados e outros. Para FHC, Protógenes é uma pessoa com equilíbrio precário, porque "só o fato de estar ouvindo todo mundo sem ter razão para isso já o desqualifica".

O ex-presidente tucano considerou, no entanto, que este assunto (de espionagem e escuta ilegal) "passou de todos os limites". E deu razão ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que já reclamou da quantidade de escutas clandestinas que são feitas no País. "Está chegando a um ponto em que não se sabe nem porque está sendo ouvido (clandestinamente), não tem sentido", criticou Fernando Henrique.

FHC, que participa hoje do segundo dia do IV Encontro Internacional Nova Agenda da Democracia para a América Latina, promovido por seu instituto, disse também que não pretende tomar nenhuma medida com relação à denúncia de que teria sido espionado pelo delegado Protógenes Queiróz. Segundo o ex-presidente, quem deve tomar alguma atitude é o governo, pois Protógenes é delegado federal, portanto, é servidor da União.

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