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O ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo atribuiu nesta terça-feira (13), em entrevista ao jornal "Valor Econômico", o veto do seu nome para continuar à frente da ANTT às ações de sua gestão. Segundo ele, sob o seu comando, a agência reguladora teve um embate com empreiteiras "por causa dos trens de alta velocidade"(trem-bala), com concessionárias de ferrovias "por causa de mudanças no marco regulatório", e estava "às vésperas da licitação das linhas interestaduais de ônibus".

"Foram muitas frentes abertas ao mesmo tempo", afirmou sobre o veto do Senado ao seu nome. Sem desconsiderar a insatisfação da base aliada com o governo, ele diz que as acusações do senador Roberto Requião (PMDB-PR) à sua gestão não tem "aderência à realidade" e que o peemedebista é um "caluniador transitado em julgado".

"Ele inventou uma situação e criou um personagem com o qual eu não me identifico", disse Figueiredo. Para ele, Requião "descontou" o ódio que tinha do ex-ministro Paulo Bernardo no momento de sua recondução ao cargo. Ele, Paulo Bernardo e Requião teriam tido, segundo a versão do ex-diretor da ANTT, uma reunião sobre uma obra do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

"Tínhamos colocado no PAC uma variante da Ferroeste, com duas alternativas. Uma era na concessão da ALL e outra era fora. Queríamos saber qual era o ponto de vista do (então) governador do Paraná (Requião). Ele começou a falar de um projeto de uma ferrovia nova (...) Inventou uma história e disse que esse investimento custaria R$ 150 milhões (...) Eu não aceitei os argumentos e ele se irritou conosco, nos acusou de superfaturar o projeto.

Segundo Bernardo Figueiredo, esse episódio gerou uma ação judicial de Paulo Bernardo contra Requião, e o senador teria sido condenado por calúnia.

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