A Força Nacional de Segurança teve nesta terça-feira a primeira operação em Campo Grande. Os policiais revistaram um presídio onde houve rebelião, no mês passado.
Com a chegada da tropa, os detentos jogaram pela janela armas artesanais feitas com barra de ferro e dezenas de celulares. Alguns cuidadosamente enrolados em fitas adesivas para serem escondidos.
Em menos de cinco minutos, o presídio foi tomado por policiais militares. Os presos ficaram no pátio vigiados por soldados e cães. A revista das celas foi feita pelos agentes penitenciários.
A revista por enquanto foi apenas no presídio de Campo Grande. A Força Nacional vai permanecer lá dentro por pelo menos mais dois dias. É o tempo que o comando acredita ser necessário para que a Polícia Federal faça um cadastramento dos 1.200 presos. Os agentes federais estão usando um sistema de identificação digital que interliga as polícias de quase todo país. O arquivo cruza os dados de mais de 2 milhões de criminosos.
- Na hora em que esse trabalho estiver completo vai proporcionar e praticamente impedir que os presos utilizem outros nomes - afirma Jonas Rossati, delegado da Polícia Federal.
Esta é a primeira operação da Força Nacional contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul, desde a chegada ao estado há seis dias. Na semana passada o comandante da Força tinha dito que não faria operações dentro dos presídios porque os homens eram muito qualificados para este tipo de serviço.



