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São Paulo

Forças de segurança mantém nível de alerta por causa de ataques

A polícia paulista ficará em nível intermediário de alerta até que os ataques a ônibus e a uma viatura, que ocorreram entre a noite de terça e a madrugada de quarta, sejam esclarecidos. Três veículos foram queimados e a viatura foi atacada a tiros. A informação foi dada pelo secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, nesta tarde. Enquanto o inquérito não for concluído o número de policiais na rua será maior. As folgas foram suspensas.

De acordo com o secretário, além de possibilidade dos ataques terem sido comandados pelo crime organizado, a polícia investiga também a possibilidade de vingança. Todos os veículos atacados pertencem à mesma empresa e estavam parados no ponto final, sem passageiros, o que leva à suspeita de vingança organizada por funcionários.

- A polícia investiga desde motivações particulares até questões que envolvam organizações criminosas. A corporação vai continuar em alerta até que se esclareça tudo - afirmou Marzagão, acrescentando que a polícia também investiga se quatro homens presos com um carro roubado e armas, na zona sul da capital, nesta noite, estão envolvidos nos ataques. Um deles tem ligação com um detento de Presidente Venceslau, de onde teriam partido as ordens de ataques, depois que detentos foram transferidos de pavilhões.

Marzagão afirmou ainda que não é possível impedir completamente ataques pontuais como os que ocorreram na noite passada, mas garante que não haverá outra onda de violência como a de maio de 2006.

- Não posso bancar o profeta, mas estamos em absoluto controle e tranqüilidade. Não há comparação com maio do ano passado, mas ações pontuais não estão descartadas - disse.

O secretário não revelou como a polícia soube da possibilidade de ataques com antecedência, aumentando o efetivo a partir da tarde desta terça-feira. Porém, ele afirmou que há um monitoramento constante da criminalidade e qualquer movimento estranho é percebido. De acordo com ele, ainda em março, a secretaria montará uma "sala de crise" a partir da qual será possível monitorar 'situações anômalas e ter uma visão completa do policiamento na cidade'.

Quanto ao sistema penitenciário, Marzagão garantiu que a situação está sob controle. Segundo ele, não há indícios de rebeliões em série, apesar de boa parte dos presos ter se recusado a comparecer a audiências nesta quarta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital. Pelo menos 80% das audiências teriam sido canceladas. Representantes dos agentes penitenciários informaram que os cuidados foram redobrados dentro das unidades e no trajeto de casa ao trabalho.

- Essa é uma manifestação pacífica, que não provoca intranqüilidade nas ruas - afirmou.

Em março, afirma Marzagão, serão retomadas as reuniões do Gabinete de Gestão Integrada, que começou a atuar no ano passado para evitar novas ondas de violência. O gabinete reúne representantes da secretaria de Segurança Pública, da Polícia Federal e do Exército.

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